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Exclusivo: CargoX cria marketplace para atender transportadoras

Nova plataforma da companhia do argentino Federico Vega quer facilitar a conexão entre clientes e empresas de frete

Federico Vega: fundador da CargoX aposta em uma plataforma para as empresas de frete (CargoX/Divulgação)

Federico Vega: fundador da CargoX aposta em uma plataforma para as empresas de frete (CargoX/Divulgação)

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Rodrigo Loureiro

Publicado em 24 de julho de 2019 às 19h00.

Última atualização em 25 de julho de 2019 às 13h56.

São Paulo – A CargoX, startup de logística, ganhou o mercado – e as estradas – do País ao conectar caminhoneiros ociosos com empresas. Fundada em 2013 pelo argentino Federico Vega, o negócio já conta com uma base de 300 mil caminhões cadastrados, atende 8 mil empresas diferentes e agora quer acelerar sua operação em um novo marketplace, este voltado para as transportadoras.

Chamada de Cargo Force, a plataforma está em fase de testes e realizando o cadastro de clientes. A previsão é de que a operação esteja em vigor ainda neste semestre e que, até o fim de 2020, tenha 6 mil empresas de frete cadastradas em sua base.

Ainda gratuito, o serviço permite que as companhias que precisam transportar suas mercadorias para diferentes destinos possam utilizar a plataforma para demandarem opções de transporte de carga. Segundo a CargoX, foram feitas conversas para apresentar o produto para clientes como Heineken, Unilever e Votorantim.

As transportadoras, por sua vez, poderão ofertar seus fretes para as companhias. A tendência é de que a plataforma cobre uma taxa em relação ao preço cobrado pelas viagens. No serviço convencional, voltado para caminhoneiros ociosos, esse percentual varia de 3% a 10%.

Para intensificar a operação, a startup criou um fundo de investimentos de R$ 100 milhões – que podem chegar até R$ 300 milhões em 2020 – para que as transportadoras que atuam no setor do agronegócio consigam capital de giro.

O investimento funciona como uma espécie de empréstimo. As transportadoras só pagam a startup após receberem por suas entregas realizadas. O valor é acrescido de um percentual de juros que varia de acordo com o risco do empréstimo.

“Um dos principais problemas dos transportadores é não ter capital de giro para operarem”, diz Vega. “Essas empresas são pequenas e só vão receber o pagamento pelos serviços meses depois da entrega. Se elas não têm dinheiro em caixa, precisam deixar os caminhões parados.”

O investimento para bancar a nova operação vem dos últimos aportes recebidos. Em agosto do ano passado, a CargoX realizou sua quinta rodada de captação. A injeção de capital de 60 milhões de dólares foi liderada pela Blackstone e pelo fundo Hudson Structured Capital Management.

Além disso, em novembro de 2017, com o objetivo de aumentar a equipe, a companhia recebeu uma injeção de capital de 20 milhões de dólares liderada pelo megainvestidor George Soros – na primeira vez que o empresário americano aportou uma startup brasileira – e que contou com a participação do banco Goldman Sachs e da empresa de tecnologia Qualcomm.

Tida como um potencial unicórnio (termo usado para empresas com valor de mercado superior a 1 bilhão de dólares), a CargoX já captou 95 milhões de dólares em investimentos. Em 2018, o faturamento ficou em R$ 500 milhões.

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