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Europa usará drones para monitorar cessar-fogo na Ucrânia

Europa discutirá se vão implementar novas sanções, após terem adiado a aplicação de punições para avaliar se o cessar-fogo estava sendo mantido

Drone (U.S. Air Force photo / Lt. Col. Leslie Pratt)

Drone (U.S. Air Force photo / Lt. Col. Leslie Pratt)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 07h47.

A Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE utilizará drones em breve como parte de seus esforços para aumentar o monitoramento do cessar-fogo na Ucrânia, declarou o chefe da entidade nesta quarta-feira.

O chefe da agência e presidente da Suíça, Didier Burkhalter, classificou o cessar-fogo de uma "oportunidade real" e disse que deve ser dado tempo para o início de um diálogo político antes que mais sanções sejam impostas à Rússia por seu envolvimento na crise ucraniana.

Países da União Europeia discutirão nesta quarta-feira se vão implementar novas sanções, após terem adiado a aplicação de punições para avaliar se o cessar-fogo estava sendo mantido.

Definindo a situação como frágil, Burkhalter disse a um fórum da OSCE em Praga que a agência de segurança mantém 70 especialistas nas regiões de Donetsk e Luhansk para monitorar o cessar-fogo entre forças ucranianas e separatistas pró-Rússia, e que estava rapidamente expandindo essa missão.

"As discussões estão sendo realizadas sobre as possibilidades de integrar, assim que possível, drones de outros países como uma forma de contribuição da participação de Estados... no esquema de monitoramento", disse ele.

"Drones pertencentes à OSCE serão utilizados em breve", acrescentou.

O porta-voz da OSCE, Shiv Sharma, disse que o grupo inicialmente enviaria dois drones até o fim de setembro e o começo de outubro, e que mais seriam levados depois. O grupo austríaco Schiebel está produzindo os equipamentos, afirmou.

Os drones são parte dos planos para expandir a missão da OSCE na Ucrânia, onde cinco meses de combates levaram à maior tensão entre a Rússia e o Ocidente desde o fim da Guerra Fria.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, disse nesta quarta-feira que a Rússia retirou grande parte de suas forças do país, aumentando as esperanças de paz em um conflito que deixou mais de 3.000 mortos. Moscou nega ter enviado tropas à Ucrânia.

No total, a OSCE tem 221 monitores na Ucrânia e poderia ter até 500, disse o porta-voz.

A Suíça prometeu enviar mais 10 monitores sob pedido da OSCE para ter mais observadores de campo, disse Burkhalter.

O chefe da OSCE disse na semana passada que o acordo de cessar-fogo "marca uma real oportunidade de realmente reverter a lógica da escalada (do conflito)".

Ele acrescentou que a agência estava preparada para facilitar o diálogo entre Rússia e Ucrânia, incluindo a realização de um encontro em nível presidencial.

 

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