Tecnologia

Europa negocia com Apple e editoras fim de cartel

O comissário de Concorrência europeu, Joaquín Almunia, fez o anúncio pouco depois de o Departamento de Justiça dos EUA abrir processo hoje pelo mesmo motivo

Almunia destacou a "muito estreita e produtiva cooperação" entre as autoridades americanas e europeias neste caso (Feng Li/Getty Images)

Almunia destacou a "muito estreita e produtiva cooperação" entre as autoridades americanas e europeias neste caso (Feng Li/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2012 às 16h05.

Bruxelas - A Comissão Europeia anunciou nesta quarta-feira que está negociando com a Apple e quatro grandes editoras para que coloquem fim ao suposto cartel de preços na venda de ebooks.

O comissário de Concorrência europeu, Joaquín Almunia, fez o anúncio pouco depois de o Departamento de Justiça dos Estados Unidos abrir processo hoje pelo mesmo motivo contra a Apple e as cinco maiores editoras do país.

"No contexto de nossa investigação antimonopólio na distribuição de livros eletrônicos, a Comissão Europeia recebeu propostas de possíveis compromissos da Apple e quatro editoras internacionais: Simon & Schuster, Harper Collins, Hachette Livre e Verlagsgruppe Georg von Holtzbrinck, proprietária da MacMillan", explicou em comunicado.

Assim, a única que não teria apresentado uma oferta à Comissão Europeia seria a britânica Penguin, de propriedade do grupo Pearson.

Almunia comemorou que as empresas tenham apresentado alternativas tão rapidamente, pois a Comissão Europeia só iniciou seu procedimento formalmente em dezembro.

"Estamos atualmente em proveitosas discussões com eles, sem preconceito do resultado deste diálogo. Analisaremos qualquer proposta final de compromisso e a comprovaremos com terceiras partes para ver se são suficientes para preservar a concorrência em benefício dos consumidores neste mercado de rápido crescimento", explicou o comissário espanhol.

Almunia destacou a "muito estreita e produtiva cooperação" entre as autoridades americanas e europeias neste caso.

Segundo o processo apresentado nesta quarta-feira diante do tribunal do Distrito Sul de Nova York, as editoras Simon & Schuster, Hachette, Penguin, MacMillan e HarperCollins chegaram ao acordo com a Apple para fixar os preços de venda de seus livros eletrônicos antes do lançamento, em abril de 2010, da primeira geração do iPad.

O pacto teria ocorrido como reação à política do site da Amazon, que desde que lançou seu leitor eletrônico Kindle, em 2007, comercializava obras recém-publicadas e sucessos de vendas por US$ 9,99 em sua versão digital.

Este tipo de pactos também estão proibidos na UE e podem desembocar em inúmeras multas para as empresas envolvidas. No entanto, a Comissão Europeia também pode aceitar uma solução negociada com as empresas, o que comprometeria legalmente as empresas sob ameaça de sanção de até 10% de seu faturamento anual.

Acompanhe tudo sobre:AppleCartelEmpresasEmpresas americanasempresas-de-tecnologiaLivrosTecnologia da informação

Mais de Tecnologia

Quer proteger seus dados no iPhone? Confira três dicas de segurança

China acusa EUA de realizar mais de 600 ataques cibernéticos com apoio de aliados

Meta oferece R$ 1,4 bilhão para recrutar jovem de 24 anos em guerra por superinteligência

Qual será a potência do PlayStation 6? Rumor indica a escolha feita pela Sony