Tecnologia

EUA poderão lançar ciberataques preventivos

A importância da ameaça foi evidenciada com uma série de sabotagens


	Teclado de computador: segundo o New York Times, agências de inteligência podem buscar em redes potenciais ataques contra os Estados Unidos
 (Greg Wood/AFP)

Teclado de computador: segundo o New York Times, agências de inteligência podem buscar em redes potenciais ataques contra os Estados Unidos (Greg Wood/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2013 às 10h05.

Washington - O presidente americano tem a autoridade para ordenar ciberataques preventivos se foram descobertas evidências da preparação de um grande ataque digital contra o país, segundo uma investigação oficial divulgada nesta segunda-feira pelo jornal The New York Times.

Citando os autores da investigação, o jornal afirma que a nova decisão também descreve como as agências de inteligência podem buscar em redes de informática potenciais ataques contra os Estados Unidos e, se aprovado pelo presidente, atacar aos adversários com um código destrutivo, mesmo que não haja uma guerra declarada.

A iniciativa surge quando o departamento de Defesa americano aprovou uma expansão de sua segurança informática para os próximos anos com a intenção de defender redes fundamentais.

O jornal The Washington Post informou que o departamento de cibercomando deve aumentar seu pessoal de 900 a 4.900 efetivos.

A importância da ameaça foi evidenciada com uma série de sabotagens que inclui uma em que um vírus foi empregado para deletar os dados de mais de 30.000 computadores em uma petroleira estatal saudita em meados do ano passado.


Sabe-se que o presidente Barack Obama ordenou o uso de ciberalarmes apenas uma vez, quando autorizou uma escalada de ataques contra instalações de enriquecimento de urânio iranianas, segundo o Times.

A operação, chamada "Olympic Games", começou no Pentágono durante o governo de George W. Bush (2001-2009), segundo o jornal.

Os ataques contra o Irã ilustram como a infraestrutura de um país pode ser destruída sem ser bombardeada, destacou a investigação.

Um alto funcionário destacou que os investigadores concluíram que as ciberarmas são muito poderosas - tanto quanto as armas nucleares - e que apenas devem ser lançadas sob rígidas ordens do Comandante-em-chefe,

Sob esta nova norma, o Pentágono não se envolverá na defesa de ataques cibernéticos comuns contra empresas ou indivíduos americanos, já que essa responsabilidade compete ao Departamento de segurança interna, acrescentou.

Vários jornais americanos, entre eles o Washington Post, The New York Times e The Wall Street Journal, revelaram nos últimos dias ter sofrido ciberataques e que suspeitam da participação de hackers chineses.

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