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EUA investigam acidente com drone experimental do Facebook

Facebook está desenvolvendo um drone experimental para levar internet a áreas remotas do mundo

Drone: aparato sofreu uma “falha estrutural” quando se aproximava para aterrissar (Divulgação/Titan Aerospace)

Drone: aparato sofreu uma “falha estrutural” quando se aproximava para aterrissar (Divulgação/Titan Aerospace)

Luiza Calegari

Luiza Calegari

Publicado em 22 de novembro de 2016 às 14h05.

Um órgão de segurança dos EUA está investigando um acidente com um enorme drone experimental que o Facebook está desenvolvendo para levar internet a áreas remotas do mundo.

Ninguém saiu ferido no incidente, ocorrido durante o primeiro voo de teste da aeronave não tripulada, em 28 de junho. Este foi o mais recente contratempo nos planos do Facebook para conectar remotamente o mundo, depois de uma explosão que destruiu um de seus satélites neste ano e da resistência política ao serviço na Índia.

O drone de altitude elevada, que tem quatro motores elétricos e cuja envergadura é maior que a de um Boeing 737, sofreu uma “falha estrutural” quando se aproximava para aterrissar, segundo uma investigação anteriormente não divulgada do Conselho Nacional de Segurança no Transporte dos EUA (NTSB, na sigla em inglês).

“Ficamos felizes com o primeiro voo de teste bem-sucedido e conseguimos verificar vários modelos de desempenho e componentes, como a aerodinâmica, as baterias, os sistemas de controle e o treinamento do pessoal, sem grandes resultados inesperados”, afirmou a empresa em um comunicado enviado por e-mail.

Danos ‘significativos’

O acidente ocorreu às 7h43, horário local, perto de Yuma, disse Peter Knudson, porta-voz do NTSB. O NTSB classificou a falha de acidente, o que significa que os danos foram “significativos”. Não houve estragos no solo, disse Knudson.

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, disse que ficou “profundamente decepcionado” quando a explosão de um foguete da SpaceX, em 1º de setembro, destruiu um satélite do Facebook que teria ajudado a espalhar o acesso à internet pela África.

A empresa também enfrentou obstáculos políticos. Na Índia, por exemplo, Zuckerberg se surpreendeu quando as pessoas recusaram os serviços web gratuitos centrados no Facebook oferecidos por sua companhia. A população local considerou que a iniciativa era uma invasão mal disfarçada do mercado de internet da Índia, não um projeto beneficente.

Entusiasmo

Zuckerberg estava tão empolgado com o primeiro voo do drone, chamado Aquila, que ele foi às instalações de teste no Arizona na manhã de 28 de junho, segundo relato do The Verge.

Em uma publicação web feita após o voo, ele disse que o teste foi tão bem-sucedido que foi prolongado de 30 para 96 minutos. “Compilamos muitos dados sobre nossos modelos e sobre a estrutura do avião -- após dois anos de desenvolvimento, ver o Aquila decolar foi emocionante”, escreveu Zuckerberg.

O drone do Facebook tem 43 metros de envergadura e pesa 408 quilos. Ele não tem fuselagem tradicional e é formado quase que completamente por asas finas e pretas. O drone voa devagar e usa apenas a energia necessária para três secadores de cabelo, segundo o Facebook.

O Aquila foi criado para voos de meses de duração e utiliza energia solar para reabastecer as baterias a altitudes superiores a 18.288 metros. O drone estará equipado com um sistema de comunicações laser capaz de transmitir dados 10 vezes mais rapidamente que a tecnologia atual, afirmou o Facebook em um vídeo promocional.

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