Tecnologia

EUA estudam investigar Apple por antitruste, diz fonte

A Apple protagoniza no momento uma disputa com a Adobe Systems, fabricante do popular software Flash

Steve Jobs disse na semana passada que o Flash não poderá ser usado no iPhone ou iPad (.)

Steve Jobs disse na semana passada que o Flash não poderá ser usado no iPhone ou iPad (.)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2010 às 13h40.

São Francisco - Reguladores norte-americanos estão considerando abrir uma investigação para determinar se a Apple está violando leis antitruste ao exigir o uso de seus próprios programas para desenvolver aplicativos para iPhone e iPad, afirmou uma fonte próxima ao caso na segunda-feira.

A Apple protagoniza no momento uma disputa com a Adobe Systems, fabricante do popular software Flash, usado em vídeos e games na Internet.

Embora o Flash seja praticamente onipresente na Internet, a Apple afirma que o programa usa muita bateria e o presidente-executivo da gigante de computação, Steve Jobs, disse na semana passada que o software não poderá ser usado no iPhone ou iPad, nem como ferramenta para a criação de aplicativos para os aparelhos.

A Apple vendeu mais de 50 milhões de iPhones desde que o smartphone foi lançado em 2007, e 1 milhão de iPads desde 3 de abril, quando chegou às prateleiras. A popularidade dos aparelhos implica em uma maior fiscalização das operações da Apple no segmento móvel.

Os responsáveis por fiscalizar violações à lei de antitruste nos EUA são a Comissão Federal de Comércio e o departamento de Justiça, mas ainda não foi decidido qual dos dois órgãos investigará a Apple, disse a fonte, que aceitou falar sob condições de anonimato devido a razões de negócios.

O jornal New York Post foi o primeiro a noticiar o interesse das agências reguladoras nas políticas da Apple. O diário informou que os dois órgãos estariam negociando qual irá cuidar da operação, e a decisão deve sair em breve.

"O que eles (Apple) estão fazendo é claramente anti-competitivo ... Eles querem apenas uma via e querem cobrar pedágio nessa via", disse o ex-diretor de políticas da Comissão, David Balto.

A Apple, a Adobe e o departamento de Justiça não quiseram comentar o caso. Já a Comissão não respondeu a pedidos.

A Apple já foi investigada pela Comissão recentemente por outras razões. Sob pressão de outros membros da Comissão, o presidente-executivo do Google, Eric Schmidt, renunciou o cargo de diretor do conselho no ano passado.

Após meses de brigas, a disputa entre Apple e Adobe estourou na semana passada após Jobs publicar uma carta aberta em que critica o software Flash por ser inadequado ao uso em aparelhos móveis.

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