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EUA dizem que ciberataques vêm aumentando como nunca

O governo americano anunciou esta semana a criação de uma nova agência para lutar contra as ameaças cibernéticas


	Terrorismo na internet: ataques são também cada vez "mais sofisticados, diversificados e perigosos", diz a assessora da Casa Branca, Lisa Mônaco.
 (AFP)

Terrorismo na internet: ataques são também cada vez "mais sofisticados, diversificados e perigosos", diz a assessora da Casa Branca, Lisa Mônaco. (AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2015 às 17h40.

Palo Alto - A assessora de segurança nacional e luta antiterrorista da Casa Branca, Lisa Monaco, advertiu nesta quinta-feira que as vítimas de ciberataques aumentam em um ritmo sem precedentes e os danos são cada vez "maiores e mais significativos".

"O número de vítimas (de ciberataques) aumentam em um ritmo sem precedentes", disse Monaco durante o início da conferência sobre segurança que reúne várias centenas de representantes do governo americano e o setor privado na Universidade de Stanford.

Monaco insistiu que os ataques na internet são também cada vez "mais sofisticados, diversificados e perigosos".

Além disso, definiu o momento atual como "crítico" e destacou que as decisões adotadas determinarão se o ciberespaço é um lugar aberto que dá oportunidades ou se transformará em uma "fraqueza estratégica".

A assessora disse estar convencida que "há luz no fim do túnel" e pediu que sejam aplicadas as lições aprendidas na luta antiterrorista para conter os riscos de segurança na internet.

Mencionou, nesse sentido, que desde os ataques terroristas de setembro de 2001 contra os EUA, o país desenvolveu um sistema "ágil e eficaz" para identificar ameaças antiterroristas e institucionalizou a necessidade de compartilhar informação entre as várias agências do governo.

Monaco mencionou que a cooperação do setor privado com o governo é crucial para conter possíveis ataques e disse que essa cooperação não tem que brigar com o respeito à privacidade.

Está previsto que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anuncie nesta sexta-feira uma ordem executiva para melhorar o fluxo de informação entre as empresas e o governo durante a cúpula em Stanford.

O anúncio chega pouco depois dos ataques virtuais sofridos pela Sony, que a Casa Branca atribuiu à Coreia do Norte e que teria sido em represália pelo filme "A Entrevista", uma comédia que debocha do líder norte-coreano Kim Jong-un.

Falta ver o tamanho do apoio que Obama terá entre os gigantes tecnológicos de Vale do Silício, que contemplam com receio a intromissão do governo depois da divulgação da espionagem em massa de comunicações individuais privadas pelo governo.

De fato, nenhum dos principais executivos do Google, Facebook ou Yahoo! Participarão da conferência, que tem a presença confirmada do CEO da Apple, Tim Cook.

O governo americano anunciou esta semana a criação de uma nova agência para lutar contra as ameaças cibernéticas, que não recolherá informação de inteligência, mas integrará e analisará a que for compilada por outras agências governamentais para detectar ameaças cibernéticas e prevenir ataques.

Além de Sony, bancos e empresas como a rede de lojas Target também foram vítimas de hackers nos últimos meses, assim como a seguradora Anthem, que há apenas alguns dias denunciou o roubo de dados pessoais de 80 milhões de clientes e empregados. EFE

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