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EUA dizem que aquecimento global é arma de destruição em massa

Kerry advertiu que os países asiáticos próximos ao nível do mar estão especialmente ameaçados pela alta das águas.

urso (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2014 às 12h46.

O secretário de Estado americano John Kerry, que se encontra visitando a Ásia, afirmou neste domingo, em Jacarta, que a comunidade internacional deve reforçar sua luta contra o aquecimento global, que, segundo ele, é uma arma de destruição em massa.

Em um discurso ante estudantes indonésios, Kerry advertiu que os países asiáticos próximos ao nível do mar estão especialmente ameaçados pela alta das águas.

"Os países do sudeste asiático se encontram na primeira linha da mudança climática", afirmou.

O chefe da diplomacia americano comparou o aquecimento global com outras ameaças como o terrorismo ou a proliferação nuclear, âmbito nos quais as nações devem trabalhar para conseguir um mundo mais seguro.

"Em certo sentido, a mudança climática pode ser considerada outra forma de destruição em massa, talvez a arma mais aterradora", indicou John Kerry.

"Os dez anos mais quentes foram registrados desde que o Google entrou em funcionamento em 1998", afirmou.

O secretário de Estado, citando cientistas, advertiu que se o mundo não reagir, o nível do mar poderá subir um metro antes do final do século.

"Um metro basta para submergir a metade de Jacarta. Um metro obrigaria a deslocar milhões de pessoas ao redor do mundo e custaria milhares de milhões de dólares para a atividade econômica", explicou Kerry.

A Indoéesia, um arquipélago composto por 17.000 ilhas, éum dos principais países emissores de gases causadores do efeito estufa.

O chefe da diplomacia visita a Indonésia depois de viajar à Coreia do Sul e a China.

Mais cedo, ele visitou a maior mesquita do sudeste asiático como demonstração de respeito pelo Islã no país com a maior população muçulmana do mundo.

Kerry percorreu a imensa mesquita de Istiqlal acompanhado do grande imã Kyai al Hajj Alí Mustafá Yaqub, depois de deixar seus sapatos na entrada do templo.

O chefe da diplomacia americana, que agradeceu ao imã por poder conhecer o templo, declarou à imprensa que era um privilégio visitar a mesquita, que definiu como "um lugar extraordinário".

A administração do presidente Barack Obama tenta reparar os danos causados nas relações entre os Estados Unidos e o mundo muçulmano desde o início dos anos 2000.

Washington e outros países ocidentais assinalam que a Indonésia é uma ponte entre eles e os muçulmanos.

O presidente americano, que passou uma parte de sua infância em Jacarta, também visitou esta mesquita em 2010.

"Todos nós pertencemos a um deus e a fé em Abraão une a todos no amor ao próximo e para honrar a Deus. Que a paz esteja convosco", escreveu Kerry no livro de visitas da mesquita, que durante o mês sagrado do Ramadã recebe até 130.000 fieis.

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