Avião da American Airlines: a mudança na regulamentação significaria aos passageiros o fim das instruções para desligar todos os aparelhos eletrônicos (REUTERS/Larry Downing)
Da Redação
Publicado em 23 de junho de 2013 às 12h08.
São Paulo – A irritação dos passageiros por ter que desligar ou colocar em modo avião seus celulares em pousos e decolagens pode estar com os dias contados, pelo menos nos Estados Unidos. A FAA, Administração Federal de Aviação, órgão que regulamenta a aviação americana, deve deixar as restrições ao uso de dispositivos eletrônicos durante pouso e decolagens mais flexíveis.
Segundo informações do jornal americano The Wall Street Journal, um porta-voz da FAA divulgou um comunicado dizendo que a agência reconhece o intenso interesse dos consumidores em usar seus dispositivos a bordo de aeronave. Por isso, a equipe resolveu examinar as questões de segurança e a viabilidade de alterar as atuais restrições.
As regras não sofrem alterações desde os anos 60. O projeto indica um consenso de que as regras atuais estão ultrapassadas pelas mudanças tecnológicas. No Brasil, o uso de celulares em voo é permitido desde 2010, exceto em pousos e decolagens.
A FAA pode ser forçada a mudar devido ao grande número de passageiros que não cumprem as regras de hoje. Os especialistas que escreveram o projeto apontam que quase um terço dos passageiros relatou ter deixado algum dispositivo ligado durante todo voo acidentalmente ao menos uma vez na vida.
A mudança na regulamentação significaria aos passageiros o fim das instruções para desligar todos os aparelhos eletrônicos na decolagem e no pouso. Apesar da alteração, continuará proibido receber e fazer chamadas telefônicas.
A nova regulamentação definirá ainda quais aparelhos poderão ser usados. Se a FAA seguir as atuais recomendações do projeto, alguns dispositivos, como leitores digitais, poderão ser usados pelos passageiros durante todo o voo. Mas os detalhes ainda estão sendo debatidos pela FAA. Até o final de setembro, uma versão final do estudo deve ser entregue à agência.