espionagem (REUTERS/Kacper Pempel/Files)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h26.
Washington - O governo dos Estados Unidos lançou nesta segunda-feira uma revisão formal de sua coleta de dados eletrônicos de inteligência, muito criticada desde as revelações feitas por um ex-funcionário da agência de espionagem nacional.
O Grupo de Revisão de Inteligência e Tecnologias de Comunicação examinará os assuntos técnicos e políticos que vêm dos rápidos avanços nas telecomunicações globais, disse a Casa Branca em comunicado.
O grupo avaliará se a coleta de dados dos Estados Unidos "protege de forma satisfatória nossa segurança nacional ... e ao mesmo tempo leva em conta outras considerações de política, como o risco de revelações não autorizadas e nossa necessidade de manter a confiança pública", disse o comunicado.
Os especialistas externos têm 60 dias para entregar suas primeiras conclusões. Em 15 de dezembro, eles apresentarão um relatório com recomendações finais.
Uma declaração separada do Diretor de Inteligência Nacional, James Clapper, confirmou a revisão. A Casa Branca nem Clapper revelaram detalhes do tomanho ou composição do grupo.
Em entrevista coletiva na Casa Branca na sexta-feira, o presidente norte-americano, Barack Obama, prometeu melhorar a supervisão da vigilância e restabelecer a confiança pública nos programas do governo.
A revisão é uma de quatro medidas reveladas por Obama, que disse ter ordenado uma revisão dos programas de vigilância antes de que Edward Snowden, ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional, revelasse documentos secretos aos jornais The Guardian e The Washington Post.
As outras medidas de Obama incluem planos para trabalhar com o Congresso para tentar reformar a Seção 215 de uma lei antiterrorismo que faz referência à coleta de "metadados" como registros telefônicos e reformar a Corte de Vigilância de Inteligência Estrangeira, que considera os pedidos de autoridades sobre o acesso a dados de inteligência.
Obama também prometeu entregar mais detalhes sobre os programas da Agência de Segurança Nacional para tentar restaurar a confiança pública danificada pelas revelações de Snowden.