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Estudo revela que genética pode influenciar mortalidade por Ebola

O vírus Ebola costuma ser letal, mas nem sempre. Um estudo feito com camundongos revelou que a genética pode ter um papel na severidade desta doença.

ebola (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2014 às 16h54.

O vírus Ebola costuma ser letal, mas nem sempre. Um estudo feito com camundongos revelou que a genética pode ter um papel na severidade desta doença.

Em um laboratório de alta segurança em Hamilton, Montana, cientistas infectaram cobaias com uma versão do mesmo tipo de vírus Ebola que está castigando a África Ocidental.

Setenta por cento deles ficaram doentes e mais da metade morreu, alguns por inflamação hepática e outros por hemorragia interna, segundo um estudo publicado na revista científica Science.

No entanto, cerca de 19% dos camundongos perderam peso, recuperaram e depois se curaram.

Os outros 11% deram resposta parcial ao vírus e menos da metade deste grupo em particular morreu.

Segundo o boletim mais recente da Organização Mundial de Saúde (OMS), a epidemia de Ebola teve 13.703 infectados e matou 4.922 pessoas - a grande maioria em Libéria, Guiné e Serra Leoa. Esse número supera em quase quatro mil o balanço anterior, divulgado no último sábado, de dez mil casos, mas a OMS atribuiu o aumento a registros anteriormente não reportados, somados às estatísticas.

Também encontraram associações entre os resultados da doença e suas taxas de mortalidade, segundo as linhagens genéticas específicas dos camundongos.

"Nossos dados sugerem que os fatores genéticos têm um papel significativo na mortalidade", disse Michael Katze, do Departamento de Microbiologia da Universidade de Washington.

Os que morreram apresentaram uma marcada atividade dos genes destinados a promover a inflamação dos vasos sanguíneos e a morte celular, o que faz com que a doença se agrave.

Enquanto isso, os que sobreviveram apresentaram uma tendência a mostrar uma atividade maior nos genes responsáveis pela reparação dos vasos sanguíneos e por fazer com que os leucócitos combatam a infecção.

Além disso, tipos especializados de células no fígado também ajudaram a deter sua reprodução, acrescentou o estudo.

"Esperamos que as pesquisas médicas possam aplicar rapidamente estas descobertas para encontrar vacinas e terapias", disse Katze.

A pesquisa não levou em conta fatores ambientais que, segundo os especialistas, podem afetar a vulnerabilidade de uma pessoa com Ebola, entre eles o tipo de cuidado, a idade e a saúde geral antes de contrair o vírus.

 

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