Blockchain: tecnologia ainda carece de padronização (Yuichiro Chino/Getty Images)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 14 de outubro de 2020 às 16h26.
Última atualização em 28 de outubro de 2020 às 17h00.
Um estudo realizado pelo Global Blockchain Business Council (GBB Council) foi divulgado nesta quarta-feira, 14, com a promessa de ser o maior levantamento já feito sobre o atual estado da adoção de tecnologias blockchain em todo o planeta. Chamada de Iniciativa de Mapeamento de Padrões Globais (IMPG) essa é a tentativa mais abrangente de criar um mapa de padrões da ferramenta.
Conduzido pelo Fórum Econômico Mundial, o estudo é composto de relatórios de 30 entidades de normas técnicas, 185 jurisdições e quase 400 grupos setoriais. Os relatórios mapeiam e avaliam o cenário atual da tecnologia em três áreas primordiais: padrões técnicos, leis e diretrizes de órgãos soberanos e internacionais e as melhores práticas e padrões da indústria.
“Existe um forte sinal de demanda por um catálogo da atividade ligada à padronização que pudesse servir como alicerce para facilitar a implementação e a interoperabilidade responsáveis”, afirmou Sheila Warren, responsável pela área de blockchain, ativos digitais e política de dados do Fórum Econômico Mundial.
A ideia por trás de toda essa pesquisa é analisar as razões pelas quais a indústria ainda não conta com padrões bem definidos do uso da ferramenta. O estudo traz detalhes sobre as principais lacunas a ser preenchidas no que diz respeito à definição desses padrões para ser seguidos pela comunidade internacional.
O relatório aponta que existe uma fragmentação da tecnologia tanto em um cenário mundial como dentro das jurisdições e que faltam diretrizes dinâmicas para novas formas de adotar a inovação. A conclusão é de que organizações e reguladores precisam adotar estratégias proativas para definir o futuro da tecnologia. Para ilustrar tudo isso, foi criado um mapa interativo com as leis e diretrizes relacionadas ao blockchain.
"A padronização da indústria será fundamental nos avanços do mercado. Esse é um ambiente de negócios global por essência, que, por suas idiossincrasias, ainda é bastante fragmentado", afirmou Nicholas Sacchi, especialista em criptomoedas da EXAME. "Com um mapa para orientar investidores e empreendedores, a tendência é que tenhamos uma diretriz universal de boas práticas, que deve fomentar um desenvolvimento ainda maior do setor num horizonte mais longo de tempo", completou.
Além do GBB Council e do Fórum Econômico Mundial, a iniciativa conta com a participação de empresas e instituições como Accenture, Digital Currency Initiative, MIT Media Lab, ESG Intelligence, Global Digital Finance, Hyperledger, Linux Foundation, ING, Milken Institute, Six Digital Exchange, entre outras. “Essa união exemplifica o ethos único da comunidade de blockchain, pautado no progresso e na colaboração coletiva”, disse Sandra Ro, presidente do GBB Council.
O blockchain é utilizado em diversas aplicações atuais. Mas se faz vital no comércio de moedas virtuais. Para entender melhor o que tudo isso significa, talvez seja necessária uma introdução ao universo de criptoativos. A EXAME Research preparou uma série de podcast chamada Future of Money que, como o nome já deixa claro, aborda o futuro do dinheiro. O primeiro tópico foi justamente relacionado às criptomoedas.
Além do podcast, a EXAME Research, o braço de pesquisas da EXAME, conta com um serviço de assinatura chamado Crypto Access. A plataforma permite obter recomendações e indicações de investimentos para diversificar de forma mais inteligente a carteira de investimentos em criptomoedas. Todo o serviço é disponibilizado em dez dias de teste grátis e pode ser cancelado sem nenhum custo nesse período.