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Estudo mostra risco de tsunami de 23 metros na Costa Oeste do Japão

Entre 253 hipóteses estudadas com tremores de diferentes magnitudes, os especialistas demonstraram o que ocorreria com um sismo de magnitude 7,9 no mar do Japão

Análise (AFP/Illustration/Frederick Florin)

Análise (AFP/Illustration/Frederick Florin)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2014 às 09h32.

Um eventual terremoto de magnitude elevada no mar do Japão poderia gerar, em alguns minutos, um tsunami com ondas até 23 metros, segundo a primeira simulação sobre a Costa Oeste do país, onde há 11 centrais nucleares.

Uma dezena de peritos, enviados pelos ministérios dos Transportes e da Ciência e pelo gabinete do primeiro-ministro, analisaram o comportamento de 60 falhas nas zonas costeiras de Hokkaido (ao Norte), em Kyushu.

Entre 253 hipóteses estudadas com tremores de diferentes magnitudes, os especialistas demonstraram o que ocorreria com um sismo de magnitude 7,9 no mar do Japão. Segundo eles, isso resultaria em um risco de tsunami de 23,4 metros na região de Setana, e de 12 metros em Okushiri, ambas em Hokkaido.

Paralelamente, mais ao Sul, ondas de 17,4 metros na província de Aomori, ao norte de Honshu, e de 15,8 metros nas regiões costeiras de Ishikawa (centro de Honshu) foram consideradas prováveis.

No norte da ilha de Honshu, a mais extensa do arquipélago japonês, foram também estimadas ondas acima de dez metros em vários locais da província de Akita.

O professor Katsuyuki Abe, da Universidade de Tóquio, presidente da comissão, explicou que mesmo que o tremor ocorra a uma distância considerável da costa, "as ondas podem levar menos tempo do que o previsto para chegar e, caso se registre um forte abalo, é importante fugir imediatamente".

As simulações feitas mostram também as alturas possíveis de tsunamis de 1 até 6 metros em 11 locais onde estão situadas centrais nucleares ao longo da Costa Oeste do Japão, com cerca de 30 reatores.

As conclusões do relatório devem servir de base a planos de emergência para eventual retirada das populações e a preparação das instalações potencialmente perigosas, a começar pelas centrais nucleares e outras unidades industriais.

 

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