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Estudo alerta: 10% do leite vendido como materno em sites é mistura

Uma amostra em cada dez tipos de leite materno comprado na internet contêm quantidades altas de leite de vaca

leite (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2015 às 05h50.

Cerca de 10% do leite materno vendido pela internet nos Estados Unidos também contém leite de vaca ou leite em pó - segundo pesquisa publicada nesta segunda-feira (6) na revista norte-americana Pediatrics.

A descoberta feita após a análise de 102 amostras de leite materno vendidas na internet ilustra os riscos potenciais para muitos bebês que sofrem com certos problemas de saúde.

O leite misturado também torna as crianças mais vulneráveis ao risco de infecções bacterianas e virais identificadas em um estudo anterior pelos mesmos pesquisadores.

"Descobrimos que uma amostra de cada 10 tipos de leite materno adquirido na internet contêm quantidades significativas de leite de vaca, o que representa um risco para as crianças com alergias ou intolerância a este leite", explicou a médica Sarah Keim, do Research Institute at Nationwide Children, que conduziu o estudo.

"Se um bebê alérgico a leite de vaca bebe a mistura, pode acabar ficando gravemente doente", alerta a pesquisadora.

Esta mesma equipe de pesquisadores já havia determinado anteriormente que 21% dos pais que tentam obter leite humano na internet fez isso porque o filho sofria com algum problemas de saúde. Em 16% dos casos, tratava-se de alergias a alimentos para bebês.

O que é mais preocupante é que estudos anteriores revelaram que mais de 75% do leite vendido na internet estava contaminada com bactérias ou vírus.

A agência norte-americana que regula os medicamentos (Food and Drug Administration, a FDA) advertiu em 2010 sobre uma possível contaminação do leite materno não pasteurizado com outras fontes que não a mãe do bebê.

"O temor existe na medida em que há dinheiro envolvido, o que poderia incentivar o aumento do volume de vendas de leite diluído com leite de vaca ou artificial para ganhar mais", destacou Keim.

"As mães que consideram a compra de leite materno devem saber que a internet representa um risco real para seus filhos", insistiu.

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