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Estudantes mexicanos regeneram ossos por impressão 3D

O material sintético utilizado já foi provado em roedores com sucesso, demonstrando ser compatível com o tecido vivo

Impressão 3D pode reconstruir ossos (AFP/AFP)

Impressão 3D pode reconstruir ossos (AFP/AFP)

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EFE

Publicado em 1 de julho de 2017 às 15h10.

Pueblo (México) - Três estudantes mexicanos desenharam um material sintético capaz de regenerar ossos dentro de estruturas geradas mediante uma impressora 3D, a partir de um modelo matemático que representa como as células atuam para gerar tecido ósseo.

"Consiste em gerar estruturas conhecidas como andaimes; são casas para as células que servem como suporte para que possam construir ossos dentro das mesmas", apontou à Agência Efe Irving Fernández Cervantes, um dos membros da equipe.

Uma impressora 3D se encarrega de dar forma a estas estruturas, que mediante uma cirurgia foram implantadas na parte de osso danificado e em 28 dias foi comprovado que o material é reabsorvido pelo corpo e o osso fica regenerado.

"A genialidade é que este material foi desenhado a partir de um modelo matemático que representa como o osso se regenera", disse Fernández, do Centro de Pesquisa Científica de Yucatán. Isso permite realizar os processos de geração de material em massa e reduzir os custos em até 60%.

O material sintético utilizado já foi provado em roedores com sucesso, demonstrando ser compatível com o tecido vivo.

O alcance deste projeto revolucionaria o modo em que atualmente são tratadas as fraturas, indicou à Agência Efe Brenda Lizbeth Arroyo Reyes, graduada em Biologia da Benemérita Universidade Autônoma de Puebla e membro da equipe de trabalho.

De acordo com Arroyo, este método poderá ser usado "se houver algum tipo de fratura, seja de terceiro grau, quando o osso vai ser comprometido, ao invés de ser substituído por algum tipo de metal que dois anos depois já não serve ou já oxidou".

"Este material ajudará a reconstruir esse osso e ao invés de ter um implante, seria seu próprio osso", afundou.

O projeto, intitulado "Processamento de biomateriais compostos com morfologia de tecido ósseo por meio de impressão 3D" foi reconhecido pela Academia de Engenharia do México e a Fundação UNAM A.C. com o Prêmio Javier Barros Sierra 2017.

Este prêmio tem o objetivo de apoiar estudantes mexicanos de instituições educativas de nível superior do país para que criem propostas de solução a assuntos relevantes da realidade mexicana.

A terceira integrante da equipe ganhadora foi Patricia Victoria Pérez Luna, formada em Engenharia de Materiais da Benemérita Universidade Autônoma de Pubela.

Após três anos de trabalho, agora os estudantes buscam a certidão do material por parte da Comissão Federal para a Proteção contra Riscos Sanitários (Cofepris) para continuar com a pesquisa com animais de maior tamanho até finalmente o método poder ser aplicado em humanos. EFE

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