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Estudantes exigem privacidade do Facebook em tribunal

Grupo de defesa da privacidade europe-v-facebook vem pressionando por melhor proteção de dados da parte da rede social há mais de um ano


	Grupo conseguiu algumas concessões do Facebook, entre as quais, a desativação do recurso de reconhecimento facial na Europa
 (REUTERS)

Grupo conseguiu algumas concessões do Facebook, entre as quais, a desativação do recurso de reconhecimento facial na Europa (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 10h21.

Viena - Um grupo de estudantes austríacos planeja ir aos tribunais como parte dos esforços para obrigar o Facebook, maior site de rede social do mundo, a se empenhar em proteger a privacidade de seus centenas de milhões de usuários.

O grupo de defesa da privacidade europe-v-facebook, que vem pressionando por melhor proteção de dados da parte do Facebook há mais de um ano, disse nesta terça-feira que planeja apelar nos tribunais quanto a decisões da agência de proteção de dados da Irlanda, onde fica a sede internacional do Facebook.

O processo é uma das diversas campanhas em curso contra os gigantes da Internet, que estão sob pressão de investidores para gerar mais receita com suas imensas bases de usuários, mas também enfrentam críticas pelas informações pessoais que armazenam e compartilham.

O gigante dos serviços de buscas Google, por exemplo, foi instruído pela União Europeia a alterar suas novas normas de privacidade, que agrupam dados recolhidos de usuários individuais de todos os serviços da empresa, como YouTube, Gmail e a rede social Google +, e não permitem que os usuários dos serviços optem por não fornecer esses dados.

O europe-v-facebook conseguiu algumas concessões do Facebook, entre as quais, a desativação do recurso de reconhecimento facial na Europa.

Mas o grupo afirmou que as mudanças não foram suficientes e que estava decepcionado com a resposta do comissário irlandês de proteção de dados, que conduziu uma auditoria depois que o grupo de ativistas apresentou numerosas queixas.

"Os irlandeses obviamente não têm grande interesse político em enfrentar essas empresas, porque dependem dos empregos que elas criam", disse Max Schrems, co-fundador do europe-v-facebook, à Reuters.

Gary Davies, comissário assistente de proteção de dados na Irlanda, negou que os investimentos do Facebook no país tivessem influenciado a regulamentação da empresa.

"Conduzimos o assunto de forma profissional e cuidadosa e promovemos mudanças consideráveis na forma como o Facebook lida com dados pessoais", disse Davies.

O Facebook não respondeu de imediato a um pedido de comentário. A empresa deve conceder uma entrevista coletiva nesta terça-feira para abordar as preocupações dos usuários quanto às normas de privacidade, na qual representantes do Facebook na Irlanda estarão presentes.

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