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Estudante registra igreja para personagem de videogame

Criação de igreja pode ser até mais ágil do que a de uma empresa privada

Hanzo: personagem ganhou igreja registrada (Overwatch/Reprodução)

Hanzo: personagem ganhou igreja registrada (Overwatch/Reprodução)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 11 de julho de 2017 às 15h59.

Última atualização em 11 de julho de 2017 às 16h02.

São Paulo – Para colocar à prova o sistema legislativo brasileiro, um estudante tentou e conseguiu registrar uma igreja para o personagem Hanzo, um dos mais odiados do jogo Overwatch, da Blizzard.

Mateus Mognon conta no Adrenaline que conseguiu criar a igreja "Nacionais de Hanzo" com uma rápida pesquisa na internet, com um arquivo pronto de estatuto de igrejas, e reconhecendo firma de sua assinatura em um cartório.

Aprovado, o estatuto prevê até mesmo a venda de produtos piratas relacionados a Hanzo. O batismo na religião da igreja Nacionais de Hanzo acontece por meio de uma partida de Overwatch–ou do gratuito Paladins.

As igrejas no país têm imunidade tributária e não precisam pagar IPTU, IPVA e impostos sobre produtos e serviços ligados à crença que promovem.

Esses benefícios poderiam viabilizar desvios financeiros, que seriam configurados como sonegação. Como Mognon mesmo diz em seu artigo, sua empreitada gamer e religiosa poderia lhe render 15 anos de prisão por sonegação, fraude e lavagem de dinheiro se estivesse disposto a praticar crimes financeiros.

O Ministério Público é o órgão responsável por fiscalizar e investigar os montantes recebidos por igrejas–e não faltam casos de desvio de dízimo.

 

 

 

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