Tecnologia

Estádios serão "distribuidores" de internet após Copa

Para cumprir com as exigências da Fifa, cada um dos estádios contará com duas redes de internet paralelas


	Torcedor acessa o Twitter através da internet móvel de seu iPhone: segundo o ministro, 11 das 12 cidades sedes do Mundial já contam com conexão de fibra óptica.
 (Cameron Spencer/Getty Images)

Torcedor acessa o Twitter através da internet móvel de seu iPhone: segundo o ministro, 11 das 12 cidades sedes do Mundial já contam com conexão de fibra óptica. (Cameron Spencer/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2013 às 16h14.

Brasília - O ministro de Comunicações do Brasil, Paulo Bernardo, afirmou nesta quinta-feira que os 12 estádios que serão usados na Copa do Mundo de 2014 serão "distribuidores" de internet no futuro.

"Esse será um dos legados do Mundial para cada uma das 12 cidades" que serão sedes da Copa do Mundo, disse o ministro em entrevista coletiva.

Segundo ministro, para cumprir com as exigências da Fifa, cada um dos estádios contará com duas redes de internet paralelas, a fim de garantir que não haja interrupções no serviço, e cada uma delas terá uma capacidade de transmissão de 50 megabites por segundo.

Essa capacidade, muito superior à requerida para os campeonatos locais, será distribuída depois do Mundial nas cidades sedes e os estádios serão assim o ponto de partida de novos planos para levar internet de alta velocidade a seus arredores, disse Paulo Bernardo.

A Copa do Mundo será acontecerá nas cidades de Salvador, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Fortaleza, Cuiabá, Curitiba, Manaus, Natal, Porto Alegre e São Paulo

Todas essas cidades contarão com telefonia e internet móvel de quarta geração (4G), um serviço que desde terça-feira está disponível no Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte e Recife, que no próximo mês de junho receberão a Copa das Confederações, assim como em São Paulo.


Segundo o ministro, 11 das 12 cidades sedes do Mundial já contam com conexão de fibra óptica.

A única exceção é Manaus, mas esse problema será solvido a partir de junho, quando terminará a instalação de uma conexão elétrica que está em plena construção através da floresta amazônica e pela qual discorrerão em paralelo os cabos de fibra óptica.

As linhas de eletricidade partem desde a represa hidrelétrica de Tucuruí, no estado do Pará, e atravessam a selva no sentido leste-oeste ao longo de 1.800 quilômetros.

O custo da obra, segundo disse o Ministro, é de R$ 1,8 bilhão e, embora servirá para dotar Manaus da tecnologia necessária para o Mundial, não está associada diretamente à competição, mas faz parte dos planos oficiais para levar internet de alta velocidade a todo o país.

"A intenção do Governo é popularizar a internet de alta qualidade", à margem dos eventos esportivos que o país receberá nos próximos anos, entre os quais estão também os Jogos Olímpicos de 2016, que serão disputados no Rio de Janeiro, indicou.

O mesmo disse em relação ao serviço de 4G, o qual "não se começou a oferecer por causa do Mundial", mas com a meta de modernizar as telecomunicações "no Brasil e para o Brasil".

Esse setor, segundo disse o ministro, "é estratégico para o Brasil" e a intenção do Governo, além das necessidades de cada um dos eventos esportivos, é que em um prazo de dez anos todo o país, incluídas as áreas rurais e selváticas, tenham serviços de internet de alta velocidade. 

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