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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h30.
Interessado em anabolizar sua vida profissional? Pois então checar quais carreiras novas surgiram no mundo da tecnologia é tarefa cíclica e obrigatória, seja você um novato ou um veterano. Muitas vezes é justamente nos campos fiainda pouco conhecidos que surgem as melhores oportunidades profissionais. Houve um tempo em que estudar física quântica ou engenharia mecatrônica era considerado uma esquisitice por muita gente. Olhando para trás, quantas pessoas não fizeram carreiras brilhantes nessas áreas? Hoje em dia as profissões se tornaram muito mais específicas, o que complicou o processo de monitorar o que há de novo no mercado. Para começo de conversa, uma profissão nova tende a ter vários nomes, até que um pegue para valer e vire referência. É claro que isso não impediu INFO de mapear as carreiras que começam a despontar. Elas ainda são pouco exploradas, mas têm tudo para crescer neste e nos próximos anos. Veja quais são.
Especialista em firewall
A ousadia dos hackers mudou a característica dos profissionais de segurança. Se antes era recomendável saber um pouco sobre criptografia, outro tanto sobre softwares detectores de invasões e alguma coisa sobre infra-estrutura de redes, hoje o mercado aposta em profissionais cada vez mais especializados. Um dos mais valorizados no ramo é o expert em firewalls, como o analista Henrique Sanchez, da consultoria Active System. Sanchez é dono da certificação internacional CheckPoint Firewall-1, uma das mais cobiçadas do mercado, que forma especialistas capazes de configurar e administrar os firewalls da grife CheckPoint, bem como detectar vulnerabilidades e consertá-las. "Os bancos já estão interessados nesses profissionais de segurança", diz Souvenir Zalla, consultor do Edge Group.
Recuperador de desastres
Mais do que apagar o incêndio, o expert em disaster recovery trabalha para evitar que os negócios de uma empresa sejam suspensos em caso de desastres. "Desenvolvemos um projeto de infra-estrutura de hardware e software para que nenhuma operação importante seja interrompida em caso de falta de energia, incêndio ou qualquer tipo de catástrofe", afirma a analista de sistemas Júlia Freitas, da EMC, uma das raras especialistas brasileiras no assunto. A vivência em storage e o conhecimento de software são importantíssimos na profissão, além de noções de redes para interligar os servidores. A profissão ganhou força após os ataques terroristas de 11 de setembro. "As empresas perceberam que seus dados são um patrimônio muito valioso e que é necessário um profissional especializado para garantir sua integridade", diz Júlia.
Chief Knowledge Officer (CKO)
Você provalmente já deve ter esbarrado num CKO, apesar de muitas vezes esse profissional atender pelo cargo de diretor de conhecimento ou algo que o valha. Nomenclaturas à parte, o cargo ganhou evidência quando as empresas aprenderam a explorar suas intranets com sofisticados sistemas de coleta de dados. A principal missão do CKO é reunir as informações que trafegam pela empresa (produzidas internamente ou vindas de fontes externas), reuni-las com softwares inteligentes e administrar o capital intelectual da companhia. É o que faz Luis Ferezin, sócio-diretor da Accenture responsável pela gestão do conhecimento. Habilidades em workflow, datawarehouse, internet e banco de dados são fundamentais, além de uma visão de negócios para distribuir as informações entre os funcionários de forma estratégica.
Chief Sourcing Officer (CSO)
Muitos analistas acreditam que a terceirização de tecnologia é um fenômeno ainda incipiente para a maioria das grandes empresas. Além de poupar esforços de desenvolvimento, há uma economia de custos significativa. Mas como escolher a ferramenta certa e configurá-la sob medida para não comprometer o andamento dos negócios? É aí que entra o CSO. "Muito mais que escolher ferramentas, esse profissional tem a missão de identificar fontes internas e externas de recursos para desenvolver projetos de tecnologia", diz Cássio Dreyfuss, do Gartner Group. O CSO deve ser um profundo conhecedor do mercado de serviços e entender um bocado de software. Ainda é uma figura rara nas empresas brasileiras, embora já existam profissionais realizando sua função, normalmente subordinados ao Chief Information Officer (CIO). "Se as tendências atuais se confirmarem, esse profissional vai emplacar como poucos no futuro próximo", aposta Dreyfuss.
Engenheiro de redes neurais
Eis uma carreira promissora sobretudo para quem atua nas áreas de segurança de dados e tecnologia de pagamentos eletrônicos. O engenheiro de redes neurais deve unir conhecimentos de microeletrônica com noções de biologia para construir sistemas capazes de imitar o funcionamento do cérebro humano, identificando padrões de comportamento, prevendo problemas e sugerindo correções. É preciso também ter paciência para calibrar esses softwares, que são "treinados" por condicionamento, com os dados sendo apresentados repetidamente até a ferramenta fixar um padrão. Noções de banco de dados também ajudam. Empresas como ACI Worldwide, Visanet e Redecard vivem à procura de profissionais com essas habilidades.
Quanto ganham os experts | |
Carreira | Salário médio mensal (R$)(1) |
Chief Knowledge Officer (CKO) | 15 000 |
Recuperador de desastres | 15 000 |
Chief Sourcing Officer (CSO) | 12 000 |
Engenheiro de redes neurais | 7 000 |
Especialista em firewall | 7 000 |
(1) Estimativas de mercado |
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