dilma (©afp.com / BETO BARATA)
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2013 às 07h10.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff disse ontem (9) que a suposta espionagem de que a Petrobras foi alvo praticada pelos serviços secretos dos Estados Unidos pode ter seguido interesses econômicos e estratégicos e alertou que tomará medidas para proteger o país.
"Se forem confirmados os fatos, ficará em evidência que a espionagem não é por segurança ou luta contra o terrorismo e sim que responde a interesses econômicos e estratégicos", disse a presidente em uma nota à imprensa.
"Sem dúvida, a Petrobras não representa uma ameaça à segurança de qualquer país. Representa um dos maiores ativos de petróleo do mundo e um patrimônio do povo brasileiro", afirmou.
A TV Globo denunciou que os Estados Unidos haviam espionado a Petrobras com base em documentos vazado pelo ex-consultor de inteligência da Agência de Segurança Nacional americana (NSA), Edward Snowden.
"Estas tentativas de violação e espionagem de dados e informações são incompatíveis com a convivência democrática entre países amigos", afirmou Dilma.
"Tomaremos todas as medidas para proteger o país, o governo e suas empresas", acrescentou.
Há uma semana, a TV Globo denunciou que as comunicações da presidente brasileira e de vários assessores tinham sido espionadas por Washington, assim como as do presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, quando ele era candidato em 2012, de acordo com outros documentos vazados por Snowden.
O governo do Brasil espera explicações de Barack Obama até quarta-feira, disse Rousseff após uma reunião com o homólogo americano em paralelo à cúpula do G20 em São Petersburgo, na semana passada.
O chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, viajou nesta segunda-feira aos Estados Unidos para dialogar com a assessora de segurança nacional, Susan Rice, sobre as denúncias de espionagem.
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