Tecnologia

Equipe japonesa acredita que diabetes pode ser tratado com remédio para úlcera

O grupo conseguiu vincular um gene com o desenvolvimento da doença pela ingestão de alimentos gordurosos

Nova pesquisa aponta que medicamentos contra diabetes podem amenizar sintomas de Alzheimer (John Moore/Getty Images)

Nova pesquisa aponta que medicamentos contra diabetes podem amenizar sintomas de Alzheimer (John Moore/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 05h58.

Uma equipe de cientistas japoneses acredita ser possível tratar o diabetes com um fármaco para úlceras gástricas, após ter vinculado um gene com o desenvolvimento da doença pela ingestão de alimentos gordurosos, segundo informou nesta quinta-feira o jornal Mainichi.

O grupo, liderado pelo professor Nobutaka Hirokawa, trabalhou com ratos e terá que investigar a partir de agora as possíveis aplicações deste achado em humanos.

Foram usados ratos para estudar as proteínas motoras e a equipe comprovou que o pâncreas e os rins contêm grandes quantidades do gene KIF12, da família das quinesinas e cuja função era aparentemente desconhecida até agora.

Quando os pesquisadores desativaram os genes KIF12, as funções celulares do pâncreas para secretar a insulina (que regula o nível de açúcar no sangue) foram afetadas, o que conduziu ao desenvolvimento do diabetes.

O mesmo orgânulo (a unidade celular encarregada desta função) também ficou desativado quando os pesquisadores alimentaram os ratos com comida rica em ingredientes gordurosos.

Baseando-se nestes achados, a equipe administrou durante duas semanas teprenona, um composto farmacêutico para tratar as úlceras gástricas, nos ratos.

Após o tratamento, estes segregavam quase a mesma quantidade de insulina que os ratos normais.

"Os seres humanos também têm genes KIF12. Com base nestes achados, gostaria de examinar se a teprenona poderia ser utilizada como medicina curativa e preventiva para o diabetes, e também tentar desenvolver um fármaco mais eficaz conjuntamente com empresas farmacêuticas", disse Hirokawa ao jornal Mainichi..

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