Equipe TupiTech, vencedora do Global Hackatom 2025: Larissa Oliveira de Sá (líder), Inayá Corrêa Barbosa Lima (mentora), Diógenes Kreusch Filho, Marcela Rabelo de Lima, Leonardo Zortea e Adriel Faddul Stelzenberger.
Repórter
Publicado em 28 de setembro de 2025 às 14h41.
Última atualização em 28 de setembro de 2025 às 14h42.
O Brasil conquistou neste domingo, 29, sua primeira vitória no Global Hackatom, competição internacional promovida pela russa Rosatom, com a equipe TupiTech, formada por estudantes do Instituto Militar de Engenharia (IME). A final ocorreu em Moscou, durante a World Atomic Week, evento que celebrou os 80 anos da indústria nuclear russa.
A equipe, liderada por Larissa Oliveira de Sá, mestranda em engenharia nuclear, desenvolveu um projeto de base lunar modular equipada com reatores nucleares de nova geração. A proposta prevê a produção de insumos essenciais, como água, oxigênio, hidrogênio e combustível, para sustentar missões de longa duração e apoiar a expansão interplanetária.
O plano inclui ainda um pacote de preparação humana para ambientes extremos, com simulações realistas de falhas e emergências e monitoramento fisiológico. O sistema é apoiado por inteligência artificial, projetada para melhorar a tomada de decisões em situações críticas, com mais resiliência e segurança.
Segundo os organizadores, a proposta se conecta diretamente aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 7, 9, 11 e 17, ao combinar energia limpa, infraestrutura inovadora, assentamentos sustentáveis e cooperação internacional.
A trajetória até a final incluiu a vitória na etapa regional em São Paulo, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), que garantiu a vaga para Moscou. No total, mais de 50 finalistas de dez países participaram da disputa global.
Os critérios de avaliação envolveram originalidade, aplicabilidade, impacto e viabilidade de implementação. Além da maratona de 24 horas, os estudantes participaram de visitas técnicas a universidades russas e atividades culturais.
O Global Hackatom é considerado um dos principais hackathons ligados ao setor nuclear, reunindo soluções em áreas como inteligência artificial aplicada à segurança de reatores, gestão de resíduos radioativos, integração com renováveis e comunicação científica.