morales (AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h27.
Brasília - Em repúdio à proibição do voo do avião do presidente da Bolívia, Evo Morales, há duas semanas, o governo do Equador cobrou explicações dos embaixadores da Espanha, da França, de Portugal e da Itália em Quito. O ministro dos Negócios Estrangeiros do Equador (equivalente ao de Relações Exteriores), Ricardo Patiño, disse ter chamado os respectivos embaixadores para esclarecimentos.
Morales teve o avião proibido de sobrevoar o espaço aéreo dos quatro países, no começo do mês, ao retornar de uma visita à Rússia onde participou de debates sobre produção de gás. Segundo autoridades bolivianas, a aeronave presidencial foi proibida de sobrevoar e aterrissar porque havia suspeita de que o ex-consultor norte-americano Edward Snowden, que denunciou a espionagem a cidadãos por agências dos Estados Unidos, estava escondido no avião de Morales.
A medida obrigou o avião presidencial a desviar a rota de viagem e aguardar por cerca de 13 horas, em Viena, na Áustria. A proibição causou reações do Brasil, da Argentina, do Uruguai, da Venezuela e de vários parceiros latino-americanos.
"Chamamos os nossos embaixadores para que nos informem de tudo o que se passou", disse Patiño, lembrando que Morales fez "uma reclamação nas Nações Unidas pelo ocorrido. Ontem (15), o governo da Espanha pediu desculpas à Bolívia pelo que chamou de incidente.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.