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Equador confirma espionagem e pede ajuda ao Reino Unido

Quito - O Governo do Equador confirmou nesta quarta-feira que sua embaixada em Londres foi alvo de espionagem e por isso pediu ajuda ao Reino Unido para realizar...

Assange (Reprodução)

Assange (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.

Quito - O Governo do Equador confirmou nesta quarta-feira que sua embaixada em Londres foi alvo de espionagem e por isso pediu ajuda ao Reino Unido para realizar uma investigação.

O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, em entrevista coletiva, revelou que um dispositivo de gravação foi descoberto no dia 14 de junho no escritório do embaixador de seu país na capital britânica, dois dias antes de sua visita a essa cidade.

O dispositivo foi encontrado escondido na caixa de uma tomada elétrica, disse Patiño, que detalhou que o aparelho é de fabricação britânica e que funciona com um cartão SIM de telefonia móvel.

Patiño, que não relacionou expressamente essa descoberta com as denúncias de Snowden sobre os programas de espionagem dos EUA, disse que existe a suspeita de que a empresa Surveillance Group Limited, uma das maiores companhias de "vigilância secreta" do Reino Unido, seja a responsável pelo dispositivo, segundo investigações preliminares.

O chanceler afirmou que "hoje mesmo" foi entregue ao governo britânico a solicitação para que apoie a investigação sobre a suposta trama de espionagem na embaixada equatoriana em Londres, onde também se encontra, há mais de um ano, o fundador do Wikileaks, Julian Assange.

A descoberta, disse, ocorreu dois dias antes de sua chegada a Londres, onde se reuniu com o ministro britânico de relações exteriores e com Assange.

"Deduzimos que o que se buscava (através da escuta) era informação direta" do escritório da então embaixadora equatoriana, Ana Albán, acrescentou o chanceler.

Patiño disse que, apesar da descoberta do dispositivo de espionagem ter acontecido no dia 14 de junho, ela não foi divulgada para que "não atrapalhasse a sua visita a Londres".

"Não queríamos alertar os espiões" e também não era nosso desejo anunciar nada "sem uma investigação preliminar", acrescentou o chefe da diplomacia equatoriana.

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