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Epic Games encerra disputa com Samsung em processo antitruste, mas Google segue como réu

Acordo tira Samsung de ação que acusa as gigantes de bloquear lojas rivais; Google ainda responde em tribunal dos EUA

Por causa de práticas anticompetitivas, Epic Games também já processou a Apple, em um caso de cinco anos e US$ 1 bilhão (SOPA Images/Getty Images)

Por causa de práticas anticompetitivas, Epic Games também já processou a Apple, em um caso de cinco anos e US$ 1 bilhão (SOPA Images/Getty Images)

Publicado em 8 de julho de 2025 às 10h41.

Desenvolvedora de sucessos como Fortnite, a Epic Games anunciou nesta segunda-feira, 7,  um acordo com a Samsung para encerrar um processo antitruste que tramitava em um tribunal federal em São Francisco, nos Estados Unidos. No processo, a Epic acusava Samsung e Google de colaborarem para bloquear marketplaces concorrentes em dispositivos Android.

Em comunicado oficial, a Epic informou ter retirado as acusações contra a Samsung, mas manteve o Google como réu no caso. Em uma publicação na rede social X, o CEO da Epic, Tim Sweeney, agradeceu à Samsung por ter "abordado as preocupações" da empresa, sem detalhar os termos do acordo.

A ação judicial foi aberta em setembro de 2023 e acusava a Samsung de adotar, junto ao Google, padrões de segurança que bloqueavam a instalação de lojas de apps alternativas em seus smartphones. Em julho daquele ano, a Samsung havia anunciado um recurso de segurança que, além de proteger contra malware, também impediria downloads de marketplaces rivais à Play Store e à Galaxy Store. A Epic considerou a prática anticompetitiva e pediu indenizações não especificadas.

Em agosto de 2023, a Epic lançou sua própria loja de aplicativos para dispositivos móveis. Mas, mesmo com o app disponível, a empresa enfrentou resistência dos consumidores, que continuaram a usar as lojas oficiais pré-instaladas nos dispositivos Android.

Histórico de batalhas antitruste
O processo contra Samsung e Google não é o único em que a Epic tenta desafiar o poder de grandes plataformas móveis. A companhia liderada por Tim Sweeney ficou famosa pela briga contra a Apple, que começou em 2020 quando a Epic tentou burlar a taxa de 30% cobrada pela App Store em transações.

Essa disputa resultou em um longo processo judicial, no qual a Epic venceu em maio de 2025, mas teve de pagar cerca de US$ 1 bilhão para resolver pendências. A vitória abriu caminho para outras formas de pagamento e distribuição de apps no iOS — ao menos em teoria.

Mesmo após a decisão, a Apple bloqueou o relançamento do Fortnite nas lojas de aplicativos nos EUA e na União Europeia em meados de maio. Nos EUA, o jogo já foi liberado novamente, mas na União Europeia os jogadores precisaram recorrer à loja própria da Epic, permitida pela legislação local.

No Brasil, após uma decisão judicial de março, o retorno oficial do Fortnite para dispositivos Apple é esperado para este mês, junto com o lançamento da Epic Games Store para iOS no país.

A briga com Google, por sua vez, também já rendeu vitórias parciais à Epic: em 2023, um júri reconheceu o monopólio da Play Store, mas a decisão ainda está sob recurso.

Em um mercado cada vez mais regulado, a Epic segue desafiando as políticas de distribuição e pagamento dominantes nos sistemas móveis, buscando garantir espaço para sua própria loja e manter a relevância do Fortnite entre os games mais jogados do mundo.

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