Tecnologia

Empresas latinas podem aprender com Vale do Silício

No Vale do Silício, jovens universitários sem medo do fracassar em seus empreendimentos têm acesso a grupos de investidores para desenvolver suas start-ups


	Vale do Silício: local é o enclave californiano onde estão as mais importantes empresas de tecnologia
 (AFP/Arquivos)

Vale do Silício: local é o enclave californiano onde estão as mais importantes empresas de tecnologia (AFP/Arquivos)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2014 às 16h40.

As empresas de tecnologia da América Latina seriam beneficiadas com a replicação da cultura no Vale do Silício e ingressar no amplo mercado americano, declarou à AFP o presidente de uma organização americana que reúne diretores de empresas do continente, André Arbelaez.

"A coisa mais importante é ter entrada no mercado dos Estados Unidos, que é o maior e mais importante do mundo", disse Arbelaez, que dirige o Hitec, um grupo que visa a unir esforços entre diretores hispânicos de empresas de tecnologia nos Estados Unidos e companhias na América Latina.

Dezenas de executivos de empresas do continente se reuniram no final de semana passado em Miami, Flórida (sudeste), durante uma conferência do Hitec.

No Vale do Silício, o enclave californiano onde estão as mais importantes empresas de tecnologia, jovens universitários sem medo do fracassar em seus empreendimentos têm acesso a grupos de investidores para desenvolver suas 'start-ups', afirmou Arbelaez.

"Esta cultura é muito especial. Tentar replicá-la é importante", indicou. "As empresas da América Latina têm que estar atentas para abrir mercado quando já tiverem o produto ou o aplicativo e têm que estar conectadas com executivos" que possam investir, disse.

Arbelaez afirmou que, apesar de nos últimos anos hispânicos terem sido vistos nos Estados Unidos escalando posições nos organogramas das empresas de tecnologia, ainda resta "muito" a fazer.

"Comemoramos que executivos tenham chegado às suas posições porque são bons em seu trabalho, não porque são hispânicos, mas porque são bons", reforçou.

Criado em 2007, o Hitec trabalha com universidades e colégios nos Estados Unidos para impulsionar as carreiras tecnológicas e motivar os hispânicos.

Dos 53 milhões de hispânicos que vivem no país, dois terços são mexicanos, que costumam ter um nível educacional inferior em comparação com os originários da América do Sul.

"Quando um espanhol, um colombiano ou um venezuelano chegam aos Estados Unidos, chega com título ou bolsa e pode entrar ao mercado de trabalho", acrescentou Arbelaez, diretor da empresa de tecnologia Softtek.

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