Tecnologia

Empresas europeias pedem estratégia industrial para reduzir dependência tecnológica

Carta enviada à Comissão Europeia alerta que, em três anos, dependência da Europa em tecnologias estrangeiras será completa

Organizações pediram a presidente da Comissão Europeia, Ursula van der Leyen, investimento em tecnologias soberanas (FABRICE COFFRINI /AFP)

Organizações pediram a presidente da Comissão Europeia, Ursula van der Leyen, investimento em tecnologias soberanas (FABRICE COFFRINI /AFP)

Ramana Rech
Ramana Rech

Redatora

Publicado em 19 de março de 2025 às 09h21.

Companhias e organizações europeias de tecnologia assinaram uma carta endereçada à presidente da Comissão Europeia, Ursula van der Leyen, e à vice-presidente executiva de Soberania Digital, Segurança e Democracia, Henna Maria Virkkunen, pedindo uma estratégia de política industrial para reduzir a dependência em tecnologias estrangeiras.

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Europa precisa recuperar a iniciativa e se tornar mais tecnologicamente independente em todas as camadas de infraestrutura digital crítica”, diz a carta, que inclui entre as tecnologias críticas a inteligência artificial. Algumas das organizações que assinaram o documento são Airbus, Element, OVHCloud, Murena, Nextcloud e Proton.

A carta pede um plano que reduza a aliança com tecnologias dominadas por outros países. O grupo utiliza como base a estratégia desenhada pela iniciativa EuroStack, publicada em um artigo em janeiro, para garantir o lugar da Europa no desenvolvimento de cadeias de valor digitais.

O documento destaca que a Europa ficou para trás dos Estados Unidos e da China e diz que, em três anos, a dependência do continente em tecnologias não europeias será completa.

Uma das propostas do grupo é criar o Fundo de Infraestrutura Soberana para apoiar investimentos públicos. A carta também diz que a indústria está disposta a investir “se houver condições para um retorno viável”.

Além disso, a prioridade deve ser dada para projetos voltados para necessidades básicas de infraestrutura, como autonomia de hardware, plataformas e nuvens que sejam de soberania do continente. Um pilar da estratégia europeia deve ser ciência, dados e padrões abertos.

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