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Empresa lança relógio de ponto para empregadas domésticas

Vendido por 999 reais, relógio de ponto doméstico controla horários de trabalho de até dez empregados

Os registros do relógio de ponto podem ser usados como prova num eventual processo trabalhista (Divulgação)

Os registros do relógio de ponto podem ser usados como prova num eventual processo trabalhista (Divulgação)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 18 de abril de 2013 às 17h10.

São Paulo — A empresa Dimep, fabricante de relógios de ponto, lançou um modelo para uso residencial. O aparelho é uma opção para controlar o horário de empregados, uma exigência do PEC das domésticas, que entrou em vigor neste mês.

O relógio de ponto, chamado DMP Home, tem o tamanho de um telefone de mesa daqueles antigos. Tem leitor de código de barras, impressora e teclado numérico, e vem acompanhado de dez crachás com códigos. Ao chegar ou sair, a empregada passa o crachá pelo leitor para registrar o ponto.

Segundo a Dimep, a memória interna tem capacidade para 1,5 milhão de registros. Os dados podem ser transferidos para um computador para cálculo da remuneração e podem ser obtidos por um auditor fiscal em caso de processo trabalhista.

Entre outras mudanças, o PEC (projeto de emenda constitucional) das domésticas estabelece a jornada de trabalho máxima de 44 horas semanais e o pagamento de horas extras e de adicional noturno. São coisas que exigem o controle do horário de trabalho, algo que não costumava existir, até agora, no ambiente doméstico.

O preço de 999 reais deve afugentar muitos potenciais compradores, já que um livro para anotação manual dos horários pode ser comprado em papelarias por menos de 10 reais. Mas, o livro, é claro, aceita anotações incorretas sem reclamar, algo que não deve acontecer com o relógio de ponto.

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