Tecnologia

Empresa detecta investida de hackers contra Otan e Ucrânia

Hackers aproveitaram vulnerabilidade do Windows para acessar sistemas da Otan, da Ucrânia e algumas empresas europeias, segundo a iSight Partners


	Hacker: empresa atribuiu a espionagem à Rùssia
 (Thomas Samson/AFP)

Hacker: empresa atribuiu a espionagem à Rùssia (Thomas Samson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 11h00.

Madri - Um grupo de hackers se aproveitou de uma vulnerabilidade do Windows para conseguir acessar sistemas da Otan, do governo ucraniano e de algumas empresas de energia e telecomunicações europeias, informou nesta terça-feira a companhia de segurança iSight Partners, que atribuiu a espionagem à Rússia.

A empresa de segurança cibernética afirmou hoje em seu site que detectou que o grupo de hackers Sandworm se aproveitou de uma "brecha" de segurança do Windows para conseguir ter acesso aos computadores da Otan, de organizações governamentais ucranianas, de uma organização governamental da Europa Ocidental que não foi informada e de companhias europeias de energia e telecomunicações.

A iSight Partners disse que não tem detalhes sobre as informações que os hackers conseguiram roubar, mas, devido à natureza da vulnerabilidade descoberta, todas as entidades atacadas foram "prejudicadas em alguma medida".

"Muitos dos documentos e e-mail aos quais os hackers tiveram acesso têm relação com o conflito da Ucrânia e Rússia e outros assuntos geopolíticos relacionados com a Rússia", declarou a empresa de segurança.

O Sandworm, um grupo que a iSight Partners acredita estar em atividade desde 2009, utilizou a vulnerabilidade do Windows e técnicas de "phishing" - um tipo de fraude eletrônica caracterizada por tentativas de adquirir dados pessoais de diversos tipos - e arquivos maliciosos para ter acesso à informação.

Essa vulnerabilidade encontrada nos sistemas Windows pode fazer com que um pirata tenha acesso a um computador de forma remota.

A iSight garantiu que a Microsoft desenvolveu um reparo para solucionar essa vulnerabilidade e considera que é uma brecha pouco conhecida e que foi unicamente explorada pelo grupo Sandworm.

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