Idosos: o sistema mostra a posição do usuário em um mapa para que seja mais fácil iniciar sua procura (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 20 de novembro de 2015 às 14h47.
Tóquio - Uma empresa japonesa criou sapatos com GPS especialmente planejados para ajudar a localizar idosos com demência, que são capazes de se perder e não conseguir voltar para suas residências.
Os sapatos chamados "GPS Dokodemo Shoes" possuem um localizador instalado no interior do pé esquerdo e permitem mostrar a posição do usuário em dispositivos como smartphones e computadores após inserir o número de identificação do terminal e uma senha.
"Temos experiência na busca de doentes com demência perdidos, e sabemos que este tipo de pessoas não utilizam telefones celulares e nem relógios, e sim sapatos. Por isso decidimos criar sapatos com sistema de localização GPS", explicou à Agência Efe nesta sexta-feira um porta-voz da Wish Hills, criadora do calçado.
O localizador é associado a um dispositivo para o qual envia notificações quando o idoso se afasta mais de 50, 100 ou 500 metros de casa, dependendo do número programado, explicou a empresa.
O sistema também mostra a posição do usuário em um mapa para que seja mais fácil iniciar sua procura, entre outras funções.
A empresa, que visa "salvar vidas" com esses sapatos, afirma que o produto está tendo bom resultado e com boas vendas, "principalmente entre mulheres na faixa dos 50 anos que têm algum pai com demência".
Os sapatos custam 35 mil ienes (R$ 1 mil) e estão disponíveis apenas no Japão, país em que praticamente 25% da população supera os 65 anos.
"O mercado doméstico é muito importante para nós, no entanto, no futuro nos interessaria abrir em outros mercados nos quais a população envelhecerá rapidamente nos próximos anos", indicou a companhia.
A demência é uma síndrome que implica a deterioração da memória, do intelecto, do comportamento e da capacidade para realizar atividades da vida cotidiana.
Cerca de 47,5 milhões de pessoas sofrem de demência no mundo, e a cada ano são registrados 7,7 milhões de novos casos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).