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Emissões ficam estáveis após quase 40 anos de alta

As emissões globais de dióxido de carbono no setor de energia estagnaram em 2014, quebrando altas constantes ao longo das últimas quatro décadas


	Emissão de carbono: emissões de dióxido de carbono ficaram estáveis ​​em 32,3 bilhões de toneladas em 2014
 (Antonio Milena/VEJA)

Emissão de carbono: emissões de dióxido de carbono ficaram estáveis ​​em 32,3 bilhões de toneladas em 2014 (Antonio Milena/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2015 às 20h51.

Oslo - As emissões globais de dióxido de carbono no setor de energia estagnaram em 2014, quebrando altas constantes ao longo das últimas quatro décadas, exceto em anos com crise econômica, afirmou a Agência Internacional de Energia nesta sexta-feira.

As emissões de dióxido de carbono ficaram estáveis ​​em 32,3 bilhões de toneladas em 2014, na comparação a 2013, segundo a AIE.

"Isso é tanto uma surpresa bem-vinda como uma das mais importantes", disse o economista-chefe da AIE, Fatih Birol, em comunicado. "Me dá ainda mais a esperança de que a humanidade será capaz de trabalhar em conjunto para combater a mudança climática, a ameaça mais importante para nós hoje." A AIE, que tem sede em Paris e aconselha os governos de países desenvolvidos, afirmou que a paralisação do crescimento das emissões está ligada a padrões ecológicos de consumo de energia na China, o maior país emissor de carbono, à frente dos Estados Unidos, e em nações desenvolvidas.

"Na China, 2014 viu uma maior geração de eletricidade a partir de fontes renováveis, como energia hidráulica, solar e eólica, e menos queima de carvão", afirmou.

Birol disse que os dados fornecem "uma força muito necessária aos negociadores que se preparam para alcançar um acordo climático global em Paris em dezembro: pela primeira vez, as emissões de gases de efeito estufa estão se dissociando do crescimento econômico".

Uma cúpula a ser realizada em Paris deve chegar a um acordo para limitar as emissões globais que, segundo um painel de cientistas do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), são responsáveis por provocar mais ondas de calor, inundações e elevação do nível do mar.

A AIE afirmou que as emissões de carbono estão estagnando ou caíram apenas três vezes desde que começou a coleta de dados há 40 anos, sendo anteriormente ligada a quedas econômicas - no início dos anos 1980, em 1992 e 2009.

Em 2014, no entanto, a economia global cresceu 3 por cento.

"Esses números mostram que o crescimento verde é viável não apenas para a Grã-Bretanha, mas para o mundo", disse o secretário de Energia e Mudança Climática britânico, Ed Davey.

"No entanto, não podemos ser complacentes, precisamos cortar drasticamente as emissões, não apenas conter o seu crescimento."

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