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Locaweb compra segunda empresa em uma semana e acelera plano de aquisições

Em ritmo acelerado após a abertura de capital, a companhia adquiriu a operação da startup Etus, focada em marketing digital

Locaweb: empresa realizou sua segunda aquisição após a abertura de capital (Locaweb (LWSA3)/Divulgação)

Locaweb: empresa realizou sua segunda aquisição após a abertura de capital (Locaweb (LWSA3)/Divulgação)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 29 de setembro de 2020 às 20h33.

Última atualização em 29 de setembro de 2020 às 22h40.

Dias depois de realizar sua primeira aquisição pós-IPO, a Locaweb informou no fim desta terça-feira, 29, que adquiriu o controle de mais uma empresa. Desta vez, a companhia realizou a aquisição da Etus, startup focada em gestão e marketing digital para empresas em redes sociais. O valor da transação, de acordo com fato relevante, foi de 18,9 milhões de reais.

Fundada em 2015, a Etus conta com mais de 100.000 marcas atendidas e tem como público-alvo PMEs. A empresa também presta serviços para grandes marcas e tem em seu portfólio trabalhos realizados com Arezzo, Boticário, Tramontina, entre outras.

O plano por trás do negócio é utilizar os serviços da Etus para ofertar uma gama maior de soluções para os clientes da própria empresa. “Sabemos que existe grande sinergia para os dois lados”, afirma Fernando Cirne, presidente da Locaweb. “Sempre apoiamos as PMEs e já temos um grande volume de serviços para ajudá-las no processo de digitalização de suas operações.”

Esta foi a segunda aquisição da Locaweb desde a abertura de capital, em fevereiro deste ano. Na semana passada, a Locaweb já havia desembolsado 22 milhões de reais para comprar a empresa Social Miner, especializada em tecnologias de inteligência artificial e big data para impulsionar varejistas na venda de produtos e serviços pela internet.

Assim como no caso da compra da Social Miner, a aquisição da Etus faz parte de um plano de entrega de aquisições e que foi detalhado no prospecto de IPO da companhia. “Eu fiz o IPO e peguei dinheiro para fazer aquisições. Agora é preciso entregar”, disse Cirne, em entrevista recente e exclusiva para a EXAME. Mesmo com a pandemia, a companhia prevê acelerar esse plano.

Desde que abriu o capital, no começo deste ano, a Locaweb viu o valor de suas ações triplicar desde que estreou na B3, a bolsa de valores brasileira. Nesta terça-feira, após queda de 1,87% no pregão, a companhia terminou o dia avaliada em quase 7,1 bilhões de reais.

Antes do IPO, a Locaweb já tinha uma área de marketing digital. A aquisição é mais um passo para a empresa oferecer um pacote completo de transformação digital, do domínio e hospedagem ao marketing digital e ao delivery. Com o dinheiro levantado no IPO, a empresa foi às compras e deve manter a estratégia nos próximos meses.

A Locaweb integra um seleto grupo de empresas de tecnologia na bolsa brasileira, ao lado de Positivo e Sinqia. Sem paralelo na bolsa, a companhia lidera um mercado que precisa lidar com a falta de capacitação de profissionais e com a herança de um setor que teve políticas de proteção ao mercado nacional.

Globalmente, a consultoria Market Research Future estima que o faturamento do setor de hospedagem de sites tenha alcançado 38 bilhões de dólares em 2019, um salto de quase 20% em um ano. Nesse campo, que é parte da sua divisão de maior faturamento, a Locaweb rivaliza com a HostGator, do americano Endurance International Group. Com receita global de 1,1 bilhão de dólares em 2019 e com quase 5 mil clientes, a companhia ocupa o segundo lugar no mercado de hospedagem brasileiro. Com as últimas aquisições, a Locaweb mostra vontade de crescer e se tornar muito mais do que era quando começou, em 1997.

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