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Elon Musk x Sam Altman: Musk acusa OpenAI de 'trair missão' de filantropia

Musk afirma que a ação de OpenAI é "legalmente vazia" e representa uma quebra da missão filantrópica da organização

 (Getty Images)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 8 de maio de 2025 às 09h07.

Última atualização em 8 de maio de 2025 às 09h08.

Elon Musk solicitou que um juiz federal rejeitasse a contra-ação apresentada pela OpenAI, acusando a empresa de trair sua missão filantrópica em favor de objetivos comerciais.

Em uma petição de 33 páginas, protocolada na quarta-feira, 7, Musk e sua empresa de IA, a xAI, argumentaram que a carta de intenção de compra de US$ 97,375 bilhões dos ativos da OpenAI, juntamente às queixas relacionadas, estão protegidas pela Primeira Emenda e pelo privilégio jurídico da Califórnia.

O advogado de Musk, Marc Toberoff, destacou que as ações da OpenAI representam uma mudança em relação ao modelo original sem fins lucrativos da organização, segundo o Business Insider, chamando a empresa de "um incômodo que atrapalha as ambições movidas pelo lucro de Sam Altman".

Altman é o CEO da OpenAI, agora envolvida em desafios legais sobre sua reestruturação corporativa.

A equipe jurídica da OpenAI havia anteriormente acusado Musk de orquestrar uma campanha "implacável" contra a empresa, incluindo ataques à imprensa, ameaças legais e uma suposta oferta "farsa" de US$ 97,4 bilhões — uma ação descrita como motivada por uma vingança pessoal de Musk após sua saída da OpenAI em 2018.

Em resposta, a petição de Musk critica a mudança da OpenAI, referindo-se à decisão da empresa de reestruturar sua parte com fins lucrativos como uma corporação de benefício público, enquanto mantém o controle geral sob sua entidade sem fins lucrativos.

A equipe de Musk, no entanto, descreveu a reestruturação como uma "fachada" que não resolveu o desvio da OpenAI de sua missão original.

A OpenAI havia anteriormente descartado a oferta de Musk, sugerindo que sua proposta de US$ 97,4 bilhões era uma "referência irônica" a um personagem de ficção científica. A equipe de Musk, no entanto, reafirma que a oferta foi genuína e respaldada por fundos reais, afastando-se de qualquer alusão literária.

O conflito jurídico está se intensificando à medida que se aproxima de um julgamento no tribunal. A juíza federal Yvonne Gonzalez Rogers agendou um julgamento de primeira fase para 2026, preparando o terreno para um confronto crucial entre Musk e Altman, que foram cofundadores originais da OpenAI, mas agora lideram empresas de IA rivais.

No centro do conflito está uma disputa sobre a futura direção do desenvolvimento da IA e o papel de motivações filantrópicas versus comerciais na formação da indústria.

A relação Musk e OpenAI

Musk foi um dos cofundadores da OpenAI em 2015 e ajudou a criar a organização inicialmente sem fins lucrativos, com a missão de desenvolver inteligência artificial de maneira segura e acessível para o benefício da humanidade.

Com um financiamento inicial de cerca de US$ 45 milhões, Musk se tornou um dos principais apoiadores da empresa nos primeiros anos, antes que ela se tornasse uma das líderes no campo da IA.

No entanto, em 2018, Musk deixou a OpenAI para se concentrar em seus próprios projetos, incluindo a xAI, uma startup concorrente lançada em 2023. Desde sua saída, a relação entre Musk e a OpenAI se deteriorou, principalmente devido à transformação da empresa em uma estrutura com fins lucrativos.

Musk critica essa mudança, vendo-a como uma distorção da missão original, e acusa o CEO Sam Altman de priorizar lucros e parcerias com grandes investidores, como a Microsoft, em detrimento dos princípios de segurança e benefício público para a IA.

A rivalidade entre Musk e a OpenAI se intensificou em 2024 e 2025, com Musk entrando em disputas judiciais contra a empresa e Altman, alegando manipulação e desvio de objetivos.

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