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Elon Musk orienta uso de rede virtual privada para acessar o X no Brasil

Diante de possíveis restrições judiciais, o empresário sugere mecanismo para garantir a continuidade do serviço aos usuários brasileiros

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 8 de abril de 2024 às 08h14.

Última atualização em 8 de abril de 2024 às 10h03.

Na noite do último domingo, 7 de abril, Elon Musk, bilionário dona da plataforma X (anteriormente conhecida como Twitter), fez uma recomendação expressa aos usuários brasileiros da rede: a adoção de VPN (Virtual Private Network) como estratégia para manter o acesso ao serviço, em face de um possível bloqueio judicial no país.

A orientação veio por meio de uma publicação na própria plataforma, em que Musk endossava o conselho de outro usuário, enfatizando a importância da medida para a continuidade do acesso no Brasil. "Para garantir que você ainda possa acessar a plataforma X, baixe um aplicativo de rede privada virtual (VPN)", destacou o empresário em sua mensagem.

As VPNs funcionam como ferramentas de privacidade online, ocultando o endereço IP do usuário, o que permite uma navegação anônima na internet. Essa tecnologia, além de ser uma aliada de ativistas que buscam proteger suas identidades online, também é conhecida por seu uso em contextos onde a liberdade de acesso à internet é restrita ou monitorada.

Elon Musk vs. Alexandre de Moraes: bilionário da dica para brasileiros driblarem possível proibição do X (Getty Images)

A possível suspensão da plataforma X no Brasil ganhou relevância após a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) iniciar um inquérito conta o X. Segundo apurou o UOL, aconteceu também um diálogo com operadoras de telecomunicações sobre o cenário de bloqueio total da rede no território brasileiro.

O episódio se insere em um contexto mais amplo de tensões entre Musk e autoridades brasileiras, especialmente após declarações controversas do empresário desafiando ordens do Supremo Tribunal Federal (STF) e criticando diretamente o ministro Alexandre de Moraes. Musk acusou Moraes de trair a Constituição brasileira, intensificando o debate sobre a regulação de plataformas digitais.

Em resposta às falas de Musk, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, defendeu a autonomia brasileira frente às grandes empresas de tecnologia, reiterando o compromisso do país com a manutenção de sua soberania.

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