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Elon Musk acredita que futuro das guerras será dominado por IA e drones

Bilionário afirmou que conflitos como o da Ucrânia já demonstram a nova realidade do campo de batalha e defendeu mais investimentos dos EUA em drones

Publicado em 7 de fevereiro de 2025 às 06h45.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2025 às 06h54.

Elon Musk, CEO da SpaceX, da Tesla e do X, disse que a inteligência artificial (IA) e os drones serão os principais protagonistas dos combates militares do futuro.

Em um vídeo recém-divulgado de sua participação na Academia Militar dos Estados Unidos, em West Point, no ano passado, Musk destacou que o conflito na Ucrânia já é, em grande parte, uma guerra de drones.

Falando ao lado do Brigadeiro General Shane Reeves, Dean da Academic Board, no dia 16 de agosto, o bilionário alertou que, caso haja um confronto entre potências militares, a predominância dos drones será ainda mais evidente. Ele também defendeu um aumento na produção desses equipamentos nos Estados Unidos, enfatizando a necessidade de o país não subestimar a velocidade das mudanças tecnológicas.

“O problema é que os países geralmente se preparam para lutar a última guerra, e não a próxima”, disse Musk, que revelou ter o hábito de dormir ouvindo audiolivros sobre história militar.

O papel da SpaceX e a influência de Musk em Washington

Desde sua aparição em West Point, Musk aprofundou sua influência política nos Estados Unidos. Apoiador da reeleição de Donald Trump, o bilionário tem assumido um papel cada vez mais ativo no governo, liderando uma iniciativa chamada Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). A equipe do DOGE já começou a revisar gastos e sistemas de dados de várias agências federais.

Além disso, a SpaceX se consolidou como um pilar do complexo militar-industrial americano. A empresa fornece lançamentos para a NASA e disponibiliza sua rede de satélites Starlink para mais de 100 países. No contexto da guerra na Ucrânia, Musk destacou que o Starlink se tornou essencial para as comunicações militares do país, já que os russos conseguem bloquear conexões de fibra óptica, destruir torres de celular e interferir em satélites geoestacionários — mas não conseguem bloquear o Starlink.

IA e burocracia: os desafios do futuro militar

Durante a conversa, Musk também compartilhou sua visão sobre como otimizar processos dentro das organizações militares e governamentais. Ele descreveu um método que chama de "algoritmo de primeiros princípios", composto por quatro etapas: tornar os requisitos menos burros, questionando premissas iniciais para evitar complexidade desnecessária; eliminar excessos, removendo processos ou partes desnecessárias; otimizar, aperfeiçoando o que resta após as etapas anteriores; e, por fim, acelerar, aumentando a velocidade de produção e implementação.

Para Musk, um dos grandes problemas do setor militar americano é o excesso de requisitos no início do processo de aquisição, o que pode tornar projetos inviáveis ou excessivamente caros.

O bilionário ainda reforçou a necessidade de investimento pesado em drones e IA, tecnologias que, segundo ele, definirão os vencedores dos conflitos no século XXI.

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