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Eleições por smartphone começam a ganhar espaço nos Estados Unidos

Método virtual para escolher representantes já está sendo utilizando, mas ainda levanta dúvidas para ser aplicado em esferas maiores

Na palma da mão: em Seattle já é possível escolher representantes pelo celular (Pixabay/Reprodução)

Na palma da mão: em Seattle já é possível escolher representantes pelo celular (Pixabay/Reprodução)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 23 de janeiro de 2020 às 09h00.

Última atualização em 23 de janeiro de 2020 às 10h00.

São Paulo - Eleitores do Condado de King, em Washington, poderão decidir quem serão seus representantes políticos através de uma votação realizada por smartphones. A região que abriga a cidade de Seattle é a primeira do país a adotar os dispositivos móveis como urnas digitais.

Conforme reportado pelo The Verge, a plataforma de votação que será usada para escolher as pessoas que farão parte do Conselho de Supervisores da região foi desenvolvida pela organização não-lucrativa Tusk Philanthropies em conjunto com a empresa de tecnologia Democracy Live.

O plebiscito teve início nesta quarta-feira (22) e vai até às 20h do dia 11 de fevereiro. Para votar basta identificar-se no portal criado com nome, data de nascimento e assinatura. 

Em entrevista para a NPR, Bradley Tusk, CEO e fundador da Tusk Philanthropies, deixou claro que a iniciativa tem o objetivo de aumentar o número de eleitores. Nas últimas eleições, menos de 1% das pessoas que podiam votar foram às urnas.

Apesar disso, o método virtual de escolher representantes políticos é visto com receio nos Estados Unidos e enfrenta resistência pelo menos desde 2010 quando o governo americano tentou criar uma plataforma eleitoral online e convidou especialistas em segurança digital para tentar encontrar falhas no sistema. Um estudante da Universidade de Michigan conseguiu.

Em 2016, a situação ficou mas crítica. Na época, hackers russos foram capazes de acessar e-mails e vazar privados da candidata Hillary Clinton. O incidente levantou dúvidas em relação ao que seria feito no campo da segurança virtual para evitar que o resultado das urnas fosse adulterado em um ataque semelhante.

Anos depois, em 2018, a Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina dos Estados Unidos emitiu um alerta público contra todo o tipo de votação online e recomendou que as eleições americanas continuassem com o formato tradicional: papéis colocados em uma urna.

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