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Elefantes podem desaparecer da África, revela estudo

África pode perder 20% de seus elefantes em dez anos

elefante (©afp.com / Jerry Lampen)

elefante (©afp.com / Jerry Lampen)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 08h11.

A África pode perder 20% de seus elefantes nos próximos 10 anos se o ritmo atual da caça continuar, alerta um relatório publicado nesta segunda-feira (2) na abertura de uma conferência em Gaborone dedicada à sobrevivência dos paquidermes.

"Na África Central, os elefantes sofrem plenamente os efeitos da caça furtiva", indicaram em uma declaração conjunta a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), a Conservação sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Flora e Fauna Selvagens (CITES) e a organização de defesa ambiental Traffic.

"Mas no que se refere à importância da caça ilegal em todas as sub-regiões, até as maiores populações do sul e leste da África enfrentam um risco, se a tendência não for revertida", acrescentam.

"A caça ilegal de espécies na África atinge números muito elevados e pode levar à extinção local, se o atual ritmo continuar. A situação é particularmente preocupante na África Central, onde estima-se que a taxa de caça é duas vezes maior do que a média continental", indicou John Scanlon, secretário-geral da CITER.

Em uma população de elefantes estimada em 500.000 na África, cerca de 25.000 foram mortos por caçadores em 2011 - um "annus horibilis" para os elefantes, de acordo com os ambientalistas, e 22.000 em 2012.

O aumento da caça furtiva nos últimos anos parece ser devido, principalmente, à pobreza e aos déficits de governança nos países de origem dos elefantes, assim como a crescente demanda por marfim, especialmente China e Tailândia, explicam as organizações.

"O comércio ilegal de marfim em 2011 chegou ao maior nível em pelo menos 16 anos e continuou a níveis inaceitáveis ​​em 2012. Segundo os indicadores preliminares, o comércio ilegal poderia atingir valores ainda maiores em 2013", lamentaram.

A conferência em Gaborone reúne até quarta-feira representantes dos países de origem dos elefantes, de trânsito e consumidores de marfim, que vão tentar adotar "medidas concretas para acabar com o comércio ilegal e preservar populações inteiras no continente africano", de acordo com os organizadores da conferência, a IUCN e o governo de Botswana.

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