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Eficácia de antirretrovirais é maior do que o anunciado

Estudo mostra que tratamento reduz em até 96% o risco de infecção

Antirretrovirais usados para combater a Aids: tratamento beneficia o soropositivo (Justin Sullivan/Getty Images/AFP)

Antirretrovirais usados para combater a Aids: tratamento beneficia o soropositivo (Justin Sullivan/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2011 às 22h53.

Roma - A utilização do tratamento antirretroviral contra a transmissão do HIV é ainda mais eficaz do que o anunciado, segundo os últimos resultados de um estudo divulgado nesta segunda-feira em Roma.

O estudo HPTN 052, realizado em nove países, tinha sido apresentado em maio. Ele foi feito com 1.763 casais sorodiferentes (uma pessoa infectada, a outra não) e indicava que se a pessoa infectada fosse tratada mais cedo, haveria uma redução do risco de infecção de 96% na outra (28 pessoas infectadas, sendo 27 entre as pessoas tratadas mais tarde).

De fato, segundo as revelações feitas nesta segunda-feira, 29 pessoas tinham sido infectadas, sendo 28 entre as pessoas tratadas mais tarde.

Foi divulgado que o único caso de infecção no casal em que a pessoa infectada foi tratada cedo ocorreu muito provavelmente logo depois da entrada do casal no tratamento, que ainda não tinha reduzido a carga viral.

Além disso, iniciar o tratamento mais cedo com pessoas infectadas aumenta o benefício individual, já que as taxas de CD4, células que medem a imunidade, são ainda mais elevadas entre elas do que entre as pessoas tratadas mais tarde. Houve também entre as primeiras uma taxa 41% menor de infecções oportunistas ligadas à infecção por HIV, como a tuberculose, e de mortes.

Após este estudo, a OMS, que deveria apresentar em Roma as suas recomendações sobre a prevenção e o tratamento dos casais sorodiferentes, adiou a publicação.

"Esse dados terão reflexo em nossas recomendações para a prevenção dos casais, e também nos conselhos relativos à utilização estratégica dos ARV para o tratamento e a prevenção do HIV", ressaltou Gottfried Hirnschall, diretor do Departamento HIV/Aids da OMS.

Myron Cohen (Universidade da Carolina do Norte), que dirigiu o estudo, se disse "particularmente feliz" que a OMS leve em consideração esses dados para suas recomendações.

Os resultados do estudo foram divulgados online nesta segunda-feira no New England Journal of medicine.

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