LG: companhia pode desistir do mercado de smartphones (SOPA Images / Colaborador/Getty Images)
Tamires Vitorio
Publicado em 20 de janeiro de 2021 às 08h54.
A fabricante sul-coreana LG pode deixar o mercado de smartphones ainda neste ano. Segundo o jornal coreano The Korea Herald, o presidente da empresa, Kwon Bong-seok, notificou os funcionários de que a companhia está considerando fazer grandes mudanças para os negócios de celulares.
Nos últimos cinco anos a LG perdeu cerca de 4,5 bilhões de dólares quando o assunto são os smartphones vendidos pela companhia. "Uma vez que a competição no mercado global para dispositivos móveis está ficando mais acirrada, é hora da LG fazer um julgamento e a melhor escolha. Estamos considerando todas as medidas possíveis, incluindo vendas, retiradas e diminuição do nosso braço de smartphones", diz o comunicado enviado ao The Korea Herald.
O comunicado interno acontece depois de um relato de um site coreano mais cedo neste mês que afirmou que a LG iria sair do mercado de smartphones. À época, a companhia afirmou que a informação era "falsa e sem mérito". Ao site americano The Verge, a LG afirmou que o comunicado atual era genuíno, mas que "nada fora decidido ainda".
Apesar das mudanças que podem vir a acontecer, a empresa afirmou que manterá os empregos dos funcionários. De acordo com rumores, cerca de 60% da força de trabalho da LG deve ser transferida para outras unidades de negócios ou para outras afiliadas.
A informação vem mesmo após a fabricante apresentar seu celular com tela enrolada na CES deste ano. O aparelho, que deve ser lançado ainda em 2021, pode ser o último da companhia a chegar no mercado.
Antes disso, a LG havia prometido "fatores uau" para tentar atrair novos consumidores e fazer com que o setor se tornasse lucrativo novamente. Mas competir com a também sul-coreana Samsung (líder com 29,1% da fatia do mercado global segundo o site StatCounter) é uma tarefa complicada.
No terceiro trimestre de 2020, a LG enviou 6,5 milhões de smartphones – uma redução expressiva quando comparado ao mesmo período de 2019, segundo o Counterpoint. A participação de mercado da empresa no final do ano passado era de apenas 2%.