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Drone será usado para ajudar no uso da água na agricultura

Fase de testes do programa Rio Rural já foi iniciada para preparar o monitoramento ambiental em áreas rurais fluminenses, por meio de drone


	Drones: objetivo inicial é fazer o mapeamento do ecossistema das áreas próximas às margens dos rios para planejar ações sustentáveis do uso da água
 (Divulgação)

Drones: objetivo inicial é fazer o mapeamento do ecossistema das áreas próximas às margens dos rios para planejar ações sustentáveis do uso da água (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2015 às 10h19.

A fase de testes do programa Rio Rural já foi iniciada para preparar o monitoramento ambiental em áreas rurais fluminenses, por meio de drone, veículo aéreo não tripulado e controlado remotamente, cada vez mais popular no país e no mundo.

A iniciativa é da Secretaria Estadual de Agricultura, em parceria com o governo do estado, e o objetivo inicial do projeto é fazer o mapeamento do ecossistema das áreas ciliares, próximas às margens dos rios, para planejar ações sustentáveis do uso da água na agricultura.

No último dia 12, foi realizado um vôo experimental para marcação de rotas, que ocorreu em um colégio estadual de Nova Friburgo e foi observado por alunos da instituição e filhos de agricultores locais.

Com duração de aproximada de 30 minutos, o vôo foi controlado pelo pesquisador Luis Esquivel, da Universidade de Colônia, na Alemanha, uma das universidades parceiras do projeto, por intermédio do Ministério Federal da Educação e Pesquisa daquele país.

O governo alemão também participa de outros projetos no Rio, com o projeto Integração de Ecotecnologias e Serviços para o Desenvolvimento Rural Sustentável, que realiza pesquisas de desenvolvimento tecnológico.

Entre as universidades brasileiras que apoiam o projeto, estão a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

De acordo com organizadores da Rio Rural, a ideia de utilizar o drone partiu do preço relativamente barato e da facilidade de acesso a lugares, muitas vezes difíceis de chegar, e também da necessidade de economizar água, devido à crise hídrica na região sudeste.

Segundo a programação do projeto, o drone deve começar a trabalhar a partir do meio do ano, depois de mais um teste que ainda não tem data definida. Com o planejamento no uso da água, os agricultores poderão, além de ajudar o meio ambiente, incrementar a renda, economizando água.

Além do monitoramento dos recursos hídricos, o equipamento poderá ser usado no apoio à gestão de microbacias e ao manejo de práticas agropecuárias sustentáveis.

De acordo com o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo da Silva, a parceria com as universidades alemãs estimula um ambiente de inovação, favorável ao desenvolvimento do setor agropecuário.

"Estamos trabalhando para adaptar tecnologias, inclusive aquelas que não são específicas do setor agrícola, como os drones, e colocá-las a serviço de quem vive no campo, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida, das condições ambientais e produtivas", afirmou o secretário.

Sobre a segurança do tráfego aéreo da região, a Rio Rural informou que o equipamento irá sobrevoar a área em altitude bem mais baixa que os aviões comerciais, portanto, não deve interferir na circulação.

De acordo com a legislação brasileira para o uso de drones, os aeromodelos não podem ficar em áreas densamente povoadas ou perto de multidões.

Somente pode existir público se houver segurança no vôo; é proibido pilotar em áreas próximas a aeródromos sem autorização e não é permitido atingir altura superior a 121,92 metros (400 pés) da superfície terrestre.  

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