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Don Juan fica no passado e Espanha usa Badoo para encontros

Serviço ganhou corações de espanhóis ao tornar mais fácil encontrar pessoas próximas em busca de romance


	Encontros: Badoo é lucrativo desde 2009, vendas no ano passado cresceram cerca de um terço, para US$ 200 milhões
 (Getty Images)

Encontros: Badoo é lucrativo desde 2009, vendas no ano passado cresceram cerca de um terço, para US$ 200 milhões (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 16h33.

Moscou/Madri - Embora isso possa fazer com que as lendas latinas Don Juan e Casanova se remexam em seus túmulos, milhões de europeus do sul estão pedindo ajuda a um russo para marcar encontros locais.

O Badoo, um serviço online com sede em Londres fundado por Andrey Andreev, nascido em Moscou, ganhou os corações de espanhóis, italianos e franceses ao tornar mais fácil encontrar pessoas próximas em busca de romance. A empresa de sete anos de antiguidade diz que tem cerca de 200 milhões de usuários em todo o mundo, sendo 25 milhões de usuários ativos, o que a torna o maior serviço de encontros, segundo a ComScore.

“Eu não conhecia quase ninguém aqui em Madri e o Badoo me ajudou a encontrar novas pessoas”, disse Manuel Nogueira, de 25 anos, que trabalha com tecnologia e mudou para a capital há dois meses. “Definitivamente, é uma boa maneira de conhecer garotas”.

Para o empreendedor serial Andreev, 39, o desafio é afastar os concorrentes com sede nos EUA, como o Tinder e o OKCupid, e expandir o serviço para além de seus baluartes no sul da Europa e na América Latina.

A empresa é lucrativa desde 2009 e as vendas no ano passado cresceram cerca de um terço, para US$ 200 milhões, segundo Andreev. Ele contratou a Goldman Sachs Group Inc. como assessor e não descarta um IPO, disse Andreev, na sede da empresa, um loft de tijolos vermelhos no elegante distrito de Soho, em Londres.

A ambição do Badoo, disse Andreev na entrevista, concedida em setembro, é tornar-se “uma rede social para conhecer novas pessoas” além daquelas que você já conhece.


Parceiros próximos

Os assinantes do Badoo se inscrevem postando uma foto e detalhes pessoais básicos. A tecnologia de localização permite o “check in” por meio do smartphone para encontrar usuários e ver a quantos metros eles estão de você naquele momento. As pessoas que estão no mesmo clube, resort ou bairro podem se juntar imediatamente; aqueles que estão mais distantes -- em outro bairro ou cidade -- normalmente mantêm contato online por um período maior antes de se encontrarem.

Diferentemente de serviços como o Match.com, o Badoo não cobra mensalidade. Em vez disso, os usuários são convidados a pagar 1 euro (US$ 1,36) para melhorar a colocação de seu perfil no site, aumentando suas chances de serem notados. Considerando que a vantagem só dura um minuto ou dois -- até que outros usuários também paguem para melhorar seu perfil --, algumas pessoas pagam até 20 taxas como essa por dia, diz o Badoo.

Uma ferramenta chamada Encontros permite aos usuários do Badoo olhar fotos e marcá-las com “verde” se gostam do que veem, “laranja” se não têm certeza e “vermelho” se não estão interessados. Quando duas pessoas se marcam com um “verde”, o Badoo entra em contato com ambas e sugere que comecem uma conversa.

O Badoo está muito à frente do Jiayuan, o maior serviço de encontros da China, com 19 milhões de usuários ativos até setembro, segundo a empresa de pesquisas ComScore. O Meetic tinha 16 milhões de usuários e o Match.com, 8 milhões. O OKCupid, que está crescendo rapidamente e também é de propriedade da IAC, do magnata da mídia Barry Diller, tinha 2 milhões na mesma época.

Para seguir crescendo, Andreev está olhando para a Ásia, a Grã-Bretanha e os EUA. Embora o Badoo tenha usuários em mais de 180 países, ele ganha a maior parte de sua receita em apenas três -- Espanha, Itália e França. À medida que se expande, o site espera mirar uma ou duas cidades em cada país, apostando que isso atrairá usuários no restante dele.

“Expansão não se trata de dinheiro, mas sim de atrair um grupo significativo de pessoas”, disse Andreev. “Uma vez que você ganha massa crítica em um lugar como Nova York, você logo se torna influente em outras cidades e estados”.

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