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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h16.
A internet já não assusta as companhias brasileiras na hora de fechar um negócio. De acordo com a 6ª Pesquisa de Comércio Eletrônico no Mercado Brasileiro, o total transacionado na rede dobrou de 2002 para 2003, passando de 5,7 bilhões de dólares em 2002 para 11,8 bilhões em 2003. Em termos percentuais, 4,94% do total negociado por empresas com outras organizações, como fornecedores de bens e serviços, ocorreu pela web em 2003.
Quando se observa o total transacionado entre as empresas e o consumidor final, o volume mostra um crescimento mais acelerado. Passou de 1,9 bilhão de dólares em 2002 para 4,5 bilhões em 2003. Os volumes representam, respectivamente, 0,79% e 2,08% do total transacionado entre empresas e clientes.
Segundo o coordenador da pesquisa, Alberto Luiz Albertin, da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), as taxas de crescimento mostram que as empresas brasileiras compreenderam que o comércio eletrônico pode contribuir para a captação e fixação de clientes e fornecedores. Segundo Albertin, pela primeira vez, percebe-se que as empresas estão se preocupando com o comércio eletrônico de uma forma estruturada, pensando na integração da ponta com os processos internos.
Um dos maiores entraves para a expansão do comércio eletrônico no Brasil, para o pesquisador, é a percepção de segurança que o usuário tem da empresa com a qual ele está negociando. "Se o consumidor confia na loja na qual ele está comprando, ele não se importa em dar o número de seu cartão de crédito ou de concluir a compra pelo internet banking", afirma. Esse deve ser o motivo de o aspecto "privacidade e segurança" manter-se, desde a primeira edição da pesquisa, em 1998, como a principal preocupação do empresário ao avaliar o comércio eletrônico.
A pesquisa ouviu 435 empresas entre grandes (54%), médias (25%) e pequenas (21%), sendo 36% da indústria, 48% de serviços e 16% do comércio.