Invest

Disney+ triplica número de assinantes e ameaça Netflix

A Disney, apesar de ser quase centenária, mostra que aprendeu certinho a como surfar nas tendências mais recentes – e a continuar a ganhar o bolso do público

WandaVision: série está disponível no Disney+ (Disney/Divulgação)

WandaVision: série está disponível no Disney+ (Disney/Divulgação)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 11 de fevereiro de 2021 às 19h21.

Última atualização em 11 de fevereiro de 2021 às 19h23.

O ano de 2020 foi complicado para a Disney. Com seus parques fechados pela pandemia do novo coronavírus, a empresa do Mickey teve de apostar todas as suas fichas em sua plataforma de streaming, o Disney+.

Nesta quinta-feira, 11, os resultados divulgados pela companhia mostraram que, graças às séries e filmes que marcaram toda uma geração, pelo menos uma boa notícia: agora, a plataforma tem 94,9 milhões de assinantes. Mais do que o triplo que no mesmo período do ano passado.

A expectativa dos investidores para o streaming era a mais positiva e fácil de ser atingida em tempos complicados para o Mickey. Segundo eles, o número de assinantes pagos poderia mais do que triplicar em relação ao mesmo período do ano passado – no primeiro trimestre de 2020, 26,5 milhões de pessoas estavam inscritas na plataforma. Foi o que aconteceu.

Mais cedo neste ano, a Netflix, rival do streaming da Disney, que conta com séries como WandaVision e The Mandalorian, bateu a marca de 200 milhões de assinantes pagos – mostrando que, apesar de quase centenária, a Disney soube muito bem como aproveitar seu poder e entrar de vez no mundo do streaming, ganhando, mais uma vez, o bolso do público.

Por outro lado, a receita da empresa foi de 16,2 bilhões de dólares, um número que representa uma queda de 22,1% em relação ao balanço do mesmo período de 2020, quando o valor era de 20,8 bilhões de dólares. O que, por conta dos parques fechados, já estava no radar dos investidores.

Também houve uma diminuição de 98% no lucro diluído por ação (EPS, na sigla em inglês), de 1,17 dólares no mesmo período do ano anterior para 0,02 dólares no primeiro trimestre deste ano.

Segundo o relatório da empresa, "os resultados no trimestre terminado no dia 2 de janeiro foram impactados pelo novo coronavírus", sendo que o maior impacto aconteceu nos parques da Disney – algo já esperado. A área de parques da companhia, fechou o primeiro tri com uma receita de 3,5 bilhões de dólares – valor que, em dezembro de 2019, era de 7,5 bilhões. Já o braço de "distribuição de mídia", teve uma receita de 12,6 bilhões de dólares, ante 13,2 bilhões de dólares no mesmo período do ano passado.

A maior preocupação dos investidores em relação aos resultados da companhia do Mickey tinha relação com o fechamento do Blue Sky Studios, conhecido pelas franquias Era do Gelo e Rio. O movimento seguiu uma série de demissões que aconteceram no ano passado com o fechamento dos parques, cruzeiros e apresentações teatrais.

A expectativa geral era de desapontamento – e foi atendida. Os analistas esperavam que a Disney reportasse um segundo trimestre consecutivo de perdas por ação e um terceiro trimestre seguido de queda na receita.

 

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusDisneyDoençasLucroPandemiaStreaming

Mais de Invest

CVC sobe 7% na bolsa com poison pill e alta das ações domésticas

Galaxy S24 Ultra: quanto vale a pena pagar na Black Friday 2024?

Em meio a pressão por boicotes, ação do Carrefour sobe 3,31%

O saldo final – e os vencedores – da temporada de balanços do 3º tri, segundo três análises