Tecnologia

Diretores da WorldCom usam recursos pessoais para quitar processo

Em julgamento considerado exemplar, dez ex-executivos da companhia terão de pagar 18 milhões de dólares, com recursos próprios, para encerrar ação coletiva

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h16.

Dez ex-diretores da WorldCom pagarão, com recursos próprios, 18 milhões de dólares de indenização a investidores que sofreram prejuízos com a falência da empresa. A gigantesca companhia de telecomunicações protagonizou, em julho de 2002, a maior falência da história corporativa mundial. Segundo o jornal americano The New York Times, o resultado da ação coletiva movida contra os ex-executivos da empresa servirá de precedente para futuros julgamentos, o que aumenta a responsabilidade de quem comanda grandes corporações.

Até hoje, a indenização dos prejuízos causados aos investidores por falências de gigantes como a Enron era bancada pelas seguradoras. Geralmente, os antigos comandantes de companhias quebradas não empenhavam o patrimônio pessoal em ações coletivas. Mas o desfecho do caso WorldCom assinalou novos rumos para esse tipo de situação. "O estado de Nova York [onde a ação foi movida] realizou um grande feito para acionistas em todo o mundo", afirmou ao The New York Times Greg Taxin, executivo-chefe da Glass Lewis, uma consultoria de investimentos.

Não foi divulgada a quantia que cada diretor terá de pagar, mas o valor total equivale a 20% do patrimônio conjunto dos executivos, já descontadas suas residências e suas aposentadorias. Com os 36 milhões de dólares que as seguradoras contratadas pela WorldCom pagarão aos acionistas, os participantes da ação coletiva receberão um total de 54 milhões de dólares.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Tecnologia

China acelera integração entre 5G e internet industrial com projeto pioneiro

Vale a pena comprar celular na Black Friday?

A densidade de talentos define uma empresa de sucesso; as lições da VP da Sequoia Capital

Na Finlândia, o medo da guerra criou um cenário prospero para startups de defesa