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Dinossauro descoberto nos EUA seria parente do T-rex

Cientistas do Estado norte-americano de Utah dizem ter descoberto o "tio-avô" do Tyrannosaurus rex

Tyrannosaurus Rex: ossos do dinossauro de 7,3m de comprimento, pouco menor que o T-Rex e cerca de 10 milhões de anos mais velho, foram revelados no Museu de História Natural de Utah (Getty Images)

Tyrannosaurus Rex: ossos do dinossauro de 7,3m de comprimento, pouco menor que o T-Rex e cerca de 10 milhões de anos mais velho, foram revelados no Museu de História Natural de Utah (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2013 às 08h53.

São Paulo - Cientistas do Estado norte-americano de Utah dizem ter descoberto o "tio-avô" do Tyrannosaurus rex, um predador enorme com um crânio pesado e grandes dentes, apelidado de "rei do sangue".

Ossos do dinossauro de 7,3 metros de comprimento, pouco menor do que o T-Rex e cerca de 10 milhões de anos mais velho, foram revelados no Museu de História Natural de Utah, em Salt Lake City, na quarta-feira, e um anúncio da descoberta foi publicado no periódico científico Plos One.

Cientistas esperam que a descoberta ajude a entender melhor o ecossistema onde o predador viveu.

Descoberto por funcionários da Agência Federal de Administração da Terra no leste do Utah em 2009, os cientistas batizaram o animal de Lythronax argestes, ou "rei do sangue", por causa de seus dentes enormes e da aparência de predador.

"Descobrir o Lythronax antecipa a evolução do grupo no qual surgiu o T-Rex, o que é algo que não entendíamos antes", disse Mark Loewen, geólogo da Universidade de Utah, que liderou a escavação do novo dinossauro. "O Lythronax é como o tio-avô do T-Rex".

Paleontologistas achavam que membros do grupo com características como o T-Rex --corpos grandes, braços pequenos, crânios pesados e olhos para frente-- datavam de 70 milhões de anos, mas o Lythronax mostra sinais de ter existido pelo menos há 80 milhões de anos.

Como seu parente, acredita-se que o Lythronax era o maior predador de sua época, perambulando por uma faixa de terra que ia do México ao Alasca, incluindo partes de Utah, durante a idade campaniana, no final da era Cretácea.


"O que é mais legal é que isso mostra que as origens dos últimos tiranossauros conhecidos estavam na parte sul da América do Norte, e não na Ásia ou mais longe na América do Norte" como se pensava antes, disse Andrew Farke, curador do Museu de Paleontologia Raymond M Alf, em Claremont, Califórnia.

Fotografias dos restos fósseis da espécie recém-descoberta foram enviadas para Loewen e sua equipe logo depois de serem descobertos no extremo sul do Monumento Nacional Grand Staircase-Escalante, na fronteira entre Colorado e Utah.

O grupo passou os dois anos seguintes resgatando, preservando e reunindo os ossos. Então, viajou para locais onde outros ossos do grupo de tiranossauro estavam sendo estudados, inclusive a China, Birmingham, Alabama; Washington, D.C. e Nova York.

Os ossos do Lythronax estavam dispostos entre camadas de cinzas vulcânicas, o que permitiu aos cientistas determinar a idade do dinossauro estudando a decomposição dos cristais de cinzas que os cercavam.

"Esse tipo de descoberta é muito interessante e excitante porque não é apenas outro animal daquela era, mas um grande predador daquela era", disse o paleontologista Peter Roopnarine, que estuda a ecologia dos períodos de dinossauro para a Academia de Ciências da Califórnia.

Roopnarine disse que ser capaz de aprender mais sobre o Lythronax vai revelar mais sobre o ecossistema da época de seu reinado.

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