Tecnologia

Dilma volta a endurecer discurso sobre espionagem

Dilma Rousseff voltou nesta quarta-feira, 25, a adotar um tom duro sobre as denúncias de espionagem norte-americana no Brasil

dilma (Getty Images)

dilma (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2013 às 14h57.

São Paulo -- A presidente Dilma Rousseff voltou nesta quarta-feira, 25, a adotar um tom duro sobre as denúncias de espionagem norte-americana no Brasil. "Nenhum governo pode transigir com os direitos civis e com a privacidade da sua população e tampouco pode negociar a sua soberania", afirmou a presidente em coletiva de imprensa, pouco antes de participar nesta quarta, de um encontro com investidores em Nova York. Nesta terça-feira, 24, ela havia feito um discurso forte contra a espionagem, na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Sempre colocamos que era necessário, para tratar do que tinha ocorrido, desculpas; e para tratar do futuro, uma clara determinação de não acontecer", complementou a presidente. "E isso eu tenho certeza que terá de ser construído, porque a relação é estratégica para os dois países e não é possível deixar algo como isso sem controle", reforçou.

De acordo com a presidente, a proposta que o Brasil deve levar aos fóruns internacionais diante da questão da espionagem terá como base a lei do marco civil da internet, atualmente em tramitação no Congresso. "Nós nos basearemos muito nessa proposta para apresentar as propostas internacionais", disse a presidente.

Ela reafirmou ainda que para o governo vai defender a armazenagem da dados no País. "Para nós é importante que os dados que dizem respeito ao Brasil sejam arquivados e mantidos em bases de dados dentro do País", afirmou.

A presidente disse também que, ao levar a questão aos fóruns internacionais, o Brasil não está "pedindo a interferência da ONU" ou mesmo que a organização controle a rede. "Não concordamos com esse tipo de controle. Estamos dizendo: ONU, preserve a segurança, não deixe que a nova guerra se dê dentro do mundo cibernético, com hackers e tudo", concluiu Dilma.

As informações são da Agência Estado

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilEspionagemEstados Unidos (EUA)INFOPaíses ricos

Mais de Tecnologia

Quer proteger seus dados no iPhone? Confira três dicas de segurança

China acusa EUA de realizar mais de 600 ataques cibernéticos com apoio de aliados

Meta oferece R$ 1,4 bilhão para recrutar jovem de 24 anos em guerra por superinteligência

Qual será a potência do PlayStation 6? Rumor indica a escolha feita pela Sony