Tecnologia

Dilma quer banda larga popular em área carente, diz Bernardo

O ministro das Comunicações adiantou que vê alternativas para viabilização do programa em quatro anos


	Paulo Bernardo: o ministro adiantou também que a expansão da banda larga irá combinar diferentes tecnologias
 (Agência Brasil)

Paulo Bernardo: o ministro adiantou também que a expansão da banda larga irá combinar diferentes tecnologias (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 13h50.

São Paulo - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que a proposta do governo federal para o próximo mandato, caso eleito, será a implementação do plano de banda larga popular, que visa oferecer o acesso à internet rápida à cidades com populações pequenas e comunidades carentes.

O ministro não detalhou a proposta em estudo pelo governo, mas adiantou que vê alternativas para viabilização do programa em quatro anos. "Ela (a presidente Dilma Rousseff) quer que o governo participe com dinheiro para atender as regiões mais carentes, que não têm a mesma atratividade para as empresas", disse na manhã desta terça-feira, 14, durante debate com a presença do presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, durante a Futurecom, evento que reúne empresário do setor de telecom na capital paulista.

O ministro adiantou também que a expansão da banda larga irá combinar diferentes tecnologias, como internet via fibra ótica e satélite. Paulo Bernardo disse ainda que o País precisa se preparar para a implantação das redes de internet móvel de quinta geração (5G), cuja operação está prevista para ter início daqui a aproximadamente seis anos.

Ele comentou que o 5G já está sendo pesquisado na China, num sistema que combinará uma variedade maior de frequências, permitindo tráfego de dados móveis numa escala de 300 megabytes a 400 megabytes. "O 3G levou oito anos para chegar ao Brasil, e o 4G, uns 2,5 anos. Pode ser que a gente saia na ponta com o 5G", afirmou.

Para viabilizar a adesão rápida ao 5G no fim desta década, o ministro defendeu aprimoramentos no mercado brasileiro de telecom para segurança nas regras de competição entre as empresas e redução da carga tributária.

"É uma absurdo olhar a fatura de telefonia, e de R$ 100 gastos ter R$ 40 de impostos. Não tem como isentar do imposto, claro, mas se diminuir vai aumentar a arrecadação, porque as pessoas vão usar mais esses serviços", argumentou.

Questionado sobre o resultado do leilão da faixa de 700 MHz durante o leilão do 4G - que não teve a presença da Oi, gerando uma arrecadação menor do que a prevista -, Bernardo voltou a avaliá-lo positivamente.

"O leilão para nós foi um sucesso, fizemos o que queríamos fazer", disse. Ele ponderou que, apesar de a arrecadação não ter sido tão boa quanto a esperada pelo Tesouro Nacional, do ponto de vista setorial foi importante porque garantiu condições de crescimento dos serviços de internet móvel e readequação da TV analógica.

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