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Dilma diz que relações com os EUA "ultrapassam" a espionagem

As 'relações estratégicas' entre Estados Unidos e Brasil 'ultrapassam' o incidente de espionagem

Dilma (Getty Images)

Dilma (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2013 às 08h39.

Brasília - As "relações estratégicas" entre Estados Unidos e Brasil "ultrapassam" o incidente de espionagem, disse a presidente Dilma, durante entrevista coletiva realizada em Nova York, mas acrescentou que o país americano deve se comprometer para que este tipo de atitude "não volte a acontecer".

A presidente qualificou de "importante" a posição assumida durante a Assembleia Geral da ONU e reiterou que nada do que foi dito em relação à espionagem era "desconhecido" das autoridades norte-americanas.

"A resposta a como nossa relação continuará terá que ser construída a partir de medidas que devem ser tomadas. Pensamos sempre que era necessário, primeiro, desculpas para tratar o que tinha ocorrido e, segundo, para o futuro, uma clara determinação de que isso não voltará a ocorrer", acrescentou.

A presidente brasileira defendeu a presença de uma internet que proteja "o direito das pessoas a se expressarem" e cujo uso esteja afastado de outros "fins que transformem eventualmente o mundo cibernético em um campo de batalha".

"Destacaria fundamentalmente nosso compromisso com uma rede aberta, universal", ressaltou Dilma.

Perguntada sobre a proposta que o Brasil vai apresentar para uma legislação internacional sobre internet, ela destacou, como já tinha antecipado o governo, a ideia de que os dados brasileiros "sejam arquivados, localizados e mantidos em bases de dados" locais.

Para Dilma, o importante não é a ONU interferir na segurança cibernética, mas "preservá-la.

Segundo diferentes denúncias feitas pela imprensa, a NSA espionou as comunicações eletrônicas e telefônicas de Dilma e de seus principais assessores, e também à Petrobras.

As denúncias de espionagem estão apoiadas em documentos que o ex-analista da NSA Edward Snowden entregou ao jornalista americano Glenn Greenwald, colunista do jornal britânico "Guardian" e que mora no Rio de Janeiro.

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