Dilma Rousseff (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.
Brasília A presidenta Dilma Rousseff participa hoje (12) da Cúpula do Mercosul em Montevidéu, no Uruguai. Juntamente com vários líderes regionais, ela deverá formalizar a declaração de repúdio ao esquema de espionagem dos Estados Unidos a cidadãos norte-americanos e estrangeiros, conforme denúncias do ex-consultor Edward Snowden. Ao chegar ontem (11) à capital uruguaia, Dilma defendeu a iniciativa dos presidentes da região.
Ela disse que é uma posição correta o ato de repudiar o esquema de espionagem, que viola os direitos humanos, a privacidade e a soberania dos países. Segundo a presidenta, todos os países que se consideram democráticos devem aderir à declaração de repúdio preparada para hoje. A cúpula será encerrada à tarde.
O Mercosul é formado pelo Brasil, a Argentina, o Uruguai, a Venezuela e o Paraguai, suspenso provisoriamente. O bloco representa aproximadamente 80% do Produto Interno Bruto (PIB), 72% do território regional, 70% da população, 58% dos ingressos de investimento estrangeiro direto e 65% do comércio exterior regional.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, confirmou a negociação dos países da América Latina para a adoção de uma posição conjunta de repúdio ao esquema de espionagem norte-americano. Anteontem (10), os governos da Colômbia, do México, Chile, Equador e da Argentina condenaram o monitoramento externo e cobraram explicações dos Estados Unidos.
A presidenta começa o dia com um café da manhã com os demais líderes, depois há uma série de reuniões da cúpula e a previsão é que o encerramento ocorra por volta das 15h. Dilma está acompanhada pelos ministros Antonio Patriota, Aloizio Mercadante (Educação), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Helena Chagas (Comunicação Social).
Durante as reuniões de hoje, os presidentes conversarão também sobre o processo de adesão da Bolívia e do Equador, além da Guiana e do Suriname como membros associados. Os processos envolvendo a Bolívia, a Guiana e o Suriname estão em estágio avançado.
Edição: Graça Adjuto