A Honor ultrapassou a Xiaomi e alcançou o terceiro lugar em participação no mercado de smartphones na China (SOPA Images / Colaborador/Getty Images)
A Xiaomi tem uma pedra no sapato para crescer seus negócios e ela se chama ocidente. Quando se trata de aparelho Android, esse mercado tende a olhar com mais carinho para a Samsung e Motorola, duas marcas que conseguem passar suas origens asiáticas quase despercebidas.
Essa dificuldade deve se mostrar mais uma vez no balanço trimestral da empresa, apresentado durante esta terça-feira, 22.
A expectativas do mercado indicam que a companhia chinesa reportará ganhos de 0,112 iuanes por ação em comparação com ganhos de 0,100 iuanes por ação do mesmo trimestre do ano passado.
A receita do trimestre deve ficar na casa dos 74,80 bilhões de iuanes, um aumento de 32,47% em relação ao trimestre do ano anterior, quando a empresa reportou 56,47 bilhões de iuanes.
Olhando para o ano inteiro, os analistas de Wall Street calculam que a fabricante terá uma receita de 247,80 bilhões de iuanes, em comparação com 205,84 bilhões de iuanes no ano anterior.
Em 2021, a Xiaomi, que havia conseguido conquistar participação de mercado na China após a retirada da rival Huawei, atingida por sanções, recentemente perdeu terreno não apenas para os campeões de vendas Oppo e Vivo, mas também para Honor, marca derivada da Huawei.
A Honor ultrapassou a Xiaomi e alcançou o terceiro lugar em participação no mercado de smartphones na China no trimestre de julho a setembro, de acordo com a Canalys.
Fora do mercado chinês, as dificuldades da Xiaomi vem, sobretudo, das questões de segurança e privacidade envoltas em seus smartphones.
Um claro sinal de que tenta superar essa barreira são as constantes atualizações da sua interface MI UI, que tem se tornado mais amigável e parecida com o iOS, do iPhone, que agora tem menos propagandas inesperadas que pipocavam na tela dos usuários e os menus mal traduzidos e, por muitas vezes, em mandarim.